A prisão de Carlos Arthur Nuzman encerrou provisoriamente as poucas esperanças que restavam de que o Comitê Olímpico Internacional (COI) pudesse oferecer nova ajuda financeira ao país-sede dos últimos Jogos Olímpicos para quitar a dívida de R$ 130 milhões deixada pelo megaevento. Ao anunciar a suspensão do Comitê Olímpico do Brasil (COB), a entidade mundial foi taxativa ao afirmar que colocou um fim nas relações com os organizadores.
"O Comitê Executivo afirma que o COI fechou todas as suas obrigações com o Comitê Organizador em dezembro de 2016, tal como foi confirmado pelo Comitê Organizador. O COI e sua contribuição financeira do Movimento Olímpico excederam significativamente as suas obrigações contratuais, levando em consideração a grave crise que afeta o país", disse o COI, que completa.
A revogação da suspensão pode ser revista, caso o COB apresente garantias de boa gestão em meio às acusações de que seu presidente e seu braço direito, Leonardo Gryner, se envolveram na compra de votos na eleição do Rio como sede olímpica. Mas a entidade mundial já vinha se mostrando pouco disposta a fornecer novos recursos ao Brasil para encerrar o déficit da Rio-2016.