Ábila chegou ao Cruzeiro masrcando muitos gols, mas acabou perdendo rendimento
O Huracán, da Argentina, emitiu um comunicado na internet "intimando" o Cruzeiro a quitar a dívida relativa à compra de 50% dos direitos econômicos do atacante Ramón Ábila, fechada em junho. O Cruzeiro adquiriu metade dos direitos do centroavante de 27 anos por US$3,82 milhões e ainda assumiu todas as taxas e impostos do negócio.
Com esses encargos, o valor da transação pelos primeiros 50% dos direitos acabou acertado em US$4,2 milhões (R$ 13,6 milhões). Até aqui, a cúpula celeste pagou US$2,7 milhões, depositados em agosto, e ainda deve US$1,5 milhão (R$ 4,8 milhões), montante que deveria ter sido pago até 5 de dezembro.
No comunicado, o Huracán deu prazo de dez dias, a contar de 29 de dezembro, para o Cruzeiro quitar a dívida. Ainda segundo a nota, caso o clube mineiro não deposite o valor nesse período, automaticamente estará obrigado a “pagar a totalidade dos direitos de Ábila, assumindo todos os gastos por essa opção e interesses que correspondam”.
Alejandro Nadur, presidente do Huracán, explicou que o não cumprimento dos compromissos por parte do Cruzeiro resultará na devolução imediata de Ábila e uma ação na Fifa.
“O Cruzeiro nos deve US$ 1,5 milhão ainda pelos 50% dos direitos. Caso não faça o pagamento em dez dias, terá que assumir a compra de 100% imediatamente, pagando US$ 1,5 milhão e ainda US$ 4 milhões líquidos, livres de impostos, pela outra metade. A consequência de não cumprir seria a devolução do jogador”, disse Nadur.
Ábila teria então custo total ao Cruzeiro de US$ 8,2 milhões (R$ 26 milhões), sem levar em conta ainda os impostos que teriam de ser pagos pela compra dos 50% restantes. Com esses valores, ele passaria a ser o atleta mais caro já adquirido pelo clube na história.