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Vitamina D e a eficiência na prevenção da osteoporose

Tema de várias pesquisas e discussões no âmbito médico, a doença tem sido

Dr. José Fábio Lana
Publicado em 03/05/2011 às 10:45Atualizado em 20/12/2022 às 00:30
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Dr. José Fábio Lana

A osteoporose é uma das doenças de maior incidência entre a Terceira Idade, especialmente nas mulheres. Tema de várias pesquisas e discussões no âmbito médico, a doença tem sido bastante investigada, a fim de que se encontrem formas viáveis de tratamento e, principalmente, de prevenção. E, nesse aspecto, muitos ainda limitam a “solução” ao consumo de Cálcio como forma de aumentar a densidade e a massa dos ossos. Entretanto, conforme já mencionamos nas colunas anteriores, quando se fala em saúde dos ossos, uma série de nutrientes deve ser incluída na dieta, pois não somente o cálcio afeta diretamente na prevenção e no controle da osteoporose, como também diversos outros minerais e vitaminas.

Você sabia, por exemplo, que a Vitamina D é uma das peças-chave para evitar a perda de massa óssea? Para se ter uma ideia, o interesse da classe médica sobre o assunto tem crescido significativamente e, a cada dia, novos artigos são publicados, com descobertas impressionantes sobre o potencial desta vitamina para o bom funcionamento do metabolismo humano e, em especial, para o fortalecimento do tecido ósseo, evitando males como a osteopenia, osteoporose, osteomalácia, raquitismo e as fraturas. De acordo com testes realizados pela Sociedade Americana de Pesquisa Mineral e Óssea, a vitamina D tem uma influência muito grande na saúde do osso. Carência desse nutriente acarreta em uma gradativa diminuição da densidade óssea. Existe também um Consenso da Fundação Internacional de Osteoporose que recomenda a ingestão de vitamina D por adultos para que se evite a doença.

Na verdade, a Vitamina D nem deve ser chamada assim. Ela é uma classe em si, os seus efeitos sobre o corpo estão relacionados à forma como os hormônios agem para influenciar as vias metabólicas, as funções celulares e a expressão dos genes. E mais: foi descoberto que existem receptores da Vitamina D em todas as partes do nosso corpo, inclusive no cérebro.

A maioria das pessoas sabe, por exemplo, que uma das principais ações da Vitamina D, especialmente na infância, é impedir o raquitismo, doença caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos. A partir dessa constatação, pesquisas posteriores puderam esclarecer ainda mais o papel desse nutriente: descobriu-se que a Vitamina D se comunica com o intestino, aumentando a absorção de cálcio em 80%. Assim, a combinação entre esse importante nutriente e o cálcio, além de outros minerais, como o Magnésio, é o mais recomendado para se manter um equilíbrio ósseo adequado.

A perda de massa óssea se inicia a partir da faixa dos 35 anos de idade e o que poucos sabem, mas que já devem se atentar, é que a prevenção eficaz deve começar mesmo entre os 20 e 30 anos. Já falamos que o leite não é o melhor alimento para se prevenir a osteoporose, devido a diversos fatores, como a taxa de cálcio além do necessário e a grande quantidade de gorduras saturadas. A partir da descoberta de que a Vitamina D tem uma ação extremamente importante para evitar a perda de massa óssea, recomenda-se a ingestão em adultos de, no mínimo, 1.500 a 2.000 UI de vitamina D por dia. Esta necessidade pode ser confirmada após a verificação por dosagem da 25-hidroxivitamina D no sangue periférico. Existem situações em que há necessidade de reposição que vai de 5.000 chegando até 10.000 UI por dia, que são casos de carência importante.

Através da exposição ao sol (no início da manhã e final da tarde), que garante a produção de Vitamina D pela pele, e da ingestão de alimentos ricos nesse nutriente (óleo de fígado de bacalhau, peixes como salmão, atum e sardinha, ovos, fígado, ricota e cotage, cogumelos), podemos contribuir para o equilíbrio dessa importante substância.

Os idosos também devem seguir esta recomendação, com o reforço para a dieta, já que a produção da Vitamina D desencadeada pela exposição ao sol diminui com a idade.

Na próxima semana, continuaremos a falar sobre a nutrição e a osteoporose. Não deixem de acompanhar!

 

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