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O Pai terreno e a Mãe espiritual

Publicado em 18/08/2022 às 20:39Atualizado em 18/12/2022 às 16:15
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Nesta semana, tivemos a comemoração do Dia dos Pais e a celebração da Padroeira de Uberaba, Nossa Senhora da Abadia.

Uma celebração da família e uma devoção de todos nós. Datas distintas para lembrar do Pai terreno e da Mãe espiritual.

Neste mundo conturbado do século XXI, vivemos a ausência do pai ou dos pais e a falta da verdadeira fé, e estes fatos contribuem muito para os desmandos que ultimamente presenciamos.

A desesperança vem muito da falta deste binômio, importante em nossa existência. Aqui podemos perceber o simbolismo que representa a inversão destes papéis, seja pela ausência do Pai Criador e, também, da mãe terrena, que nos permitiu ou permite estar vivendo, independente dos meios. Deus, Maria, os pais da Terra, fazem muita falta a todos.

O assunto deste texto é Pai e Mãe. As famílias estruturadas, via de regra, respondem melhor tanto nas turbulências quanto nas calmarias. A ausência da fé nos tira da rota. O homem assim trabalha no vazio da existência. “Sem rumo, vagueia procurando por um”...

Ultimamente, nós nos deparamos com o dilema entre ter e ser, como se incompatível fosse ser e ter. Ser humano pleno, ter os meios para prover os seus; sem ostentação.

As dificuldades impostas pela pandemia que impediram o convívio, as relações e o desenvolvimento humano; ceifaram vidas, geraram perdas materiais e desequilíbrios emocionais em profusão, dificultando nossa evolução emocional. No começo da pandemia, em 2020, acreditava-se no renascer de um novo homem; no ápice do processo, já se percebia que o ser humano ainda não estava pronto para esta evolução, e sucumbimos juntos com as adversidades. A diferença era percebida entre uns e outros, e esta diferença veio da base familiar e da fé no Criador. Quem as tinha avançou; quem padecia destas ausências, invariavelmente, patinou ou se perdeu. Os exemplos, os descalabros estão aí para quem quiser ver. O processo atingiu a todos indistintamente, independente de raça, credo, etnia, classe social.

O debacle se percebe no cotidiano de todos. A vida segue sua rota e atinge cultos e incautos.

O recado posto, fica a reflexão. Cada um com sua verdade, onde nos encontramos?

Vivendo um dia de cada vez, superando intrigas, tristezas e decepções, notadamente no campo das nossas autoridades; ainda continuamos aguardando as realizações e promessas. Ao atuar no Comdicau, ao palestrar no 4º Encontro Regional do Idoso, ações inerentes ao servir voluntário, restam claras carências e necessidades cidadãs. Oxalá possamos refletir e pensar mais nos nossos irmãos, no coletivo, e menos no individual. A responsabilidade é de todos, mas os gestores e os mercadores da fé podem mais e melhor. Peço aos pais que orientem sempre os seus filhos. E que Nossa Padroeira nos guie e esteja à frente da nossa caminhada. Viva o Pai. Glória a Nossa Senhora da Abadia! Paz aos homens de boa fé.

Karim Abud Mauad

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