ARTICULISTAS

E a vida segue

João Sabino
Publicado em 18/08/2022 às 20:38Atualizado em 18/12/2022 às 16:15
Compartilhar

Sem a intenção de causar pânico e, menos ainda, interferir no viver das pessoas, resolvi abordar um assunto que importa a todos nós, os homens. Esse é um tema que tenho relegado há quase uma década, mas, de tanto ver a “partida” de amigos, resolvi colocá-lo para fora.

Não precisamos de cálculos mirabolantes para concluirmos que nós, homens, morremos em números quase equivalentes às mulheres. O que nos diferem delas são as causas responsáveis pelos nossos óbitos. Enquanto a maioria dos homens deixa ficar para ver como é que fica, as mulheres vão à frente e se cuidam muito mais.

Há que se considerar que o homem, por razões óbvias, se expõe mais ao risco de óbito, em face das suas atividades. O menino geralmente é mais atirado e isso lhe custa um preço que começa a ser pago desde os seus dias iniciais. A menina, via de regra, dotada de características mais sensíveis, requer de seus responsáveis alguns cuidados que o menino, naturalmente requer, porém nem tanto.

Ela, a menina, é levada a exames de ginecologia ao entrar na puberdade e o menino, sabe-se lá quando irá ao especialista, embora hoje as informações cheguem aos pais com maior rapidez e intensidade.

Dizia o filósofo Zote: “Ô sô! Nós vamos morrê todo mundo. A nossa obrigação é adiar a data”. Frase simples, porém profunda já que a Ciência aí está para todos, porém nem todos estão para ela. Há homens que subestimam os exercícios físicos, a alimentação correta e até os seus limites como pessoa. Na verdade, o meu time é meio relapso e negacionista, isso na quase maioria. “Quando é fé”, o seu médico lhe dá um diagnóstico nada agradável, ou até mortal, e aí já é tarde.

Sempre sonhei em voltar ao peso que eu tinha aos dezoito anos, com boa saúde. Impossível! Eu a mim mesmo contestava. Vi que outros homens conseguiram e me perguntei: – Por que eu não? Parti para a luta e estou com o meu troféu, pronto para cumprir a missão que me foi confiada. Não quero interrompê-la pelo descuido.

Com a tecnologia atual, bons medicamentos, exercícios específicos, dietas balanceadas, etc., vamos continuar morrendo, porém, saber que o adiamento pode estar em nossas mãos já é um conforto. Usar a serenidade, não guardar mágoas e ver a vida pelo seu lado bom é, sem dúvida, o melhor preventivo para que não sejamos pegos de surpresa. Depois, tiremos da mente a preocupação; se o homem morre mais, ou menos do que a mulher. E a vida segue.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por