ARTICULISTAS

A roupa nupcial

Heloisa Helena Valladares Ribeiro
Publicado em 03/12/2021 às 17:50Atualizado em 18/12/2022 às 17:20
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Ainda que estejamos avisados não queremos fazer a passagem ou seja, não estamos preparados para morrer.

Nesses dias temos lidado com o aumento de testamentos e inventários, seja por óbito devido à COVID -19 ou por outras enfermidades.

Há pessoas que doaram seus bens em vida aos seus familiares, outros fizeram testamento, outros nada fizeram e sequer têm condições de arcar com os impostos de um único imóvel. Contudo, há aqueles que foram abandonados pelos parentes e têm vontade de reservar os poucos bens possíveis para as pessoas que lhes proporcionaram a compaixão.

Isso pode ser feito através de um CODICILO, artigos 1881 a 1885 do Código Civil. Essa palavra impopular corresponde a um documento escrito que revela a vontade da pessoa a ser realizada após seu falecimento, não se confundindo com o testamento. No codicilo pode a pessoa dispor sobre móveis, roupas ou joias, de pouco valor, de seu uso pessoal. O codicilo não precisa da assinatura de testemunhas e podem realizá-lo pessoas maiores de 16 anos que sejam capazes.

“Veste nupcial” representa a sinceridade espiritual, ou desprendimento das coisas materiais, condição necessária para fazer a aliança com Jesus. Quanto maior for o desapego maior será nossa aliança com o Criador que vê os homens com sinceridade e com amor.

No Brasil ultrapassamos 615.000 óbitos registrados de vítimas do coronavírus. Em virtude disso, a linha da miséria aumentou bem como o número de órfãos e das pessoas que perderam a guarda de seus filhos, as separações, os homicídios e os crimes contra as mulheres.

A melhor maneira de dificultar o contágio é a vacinação, a higienização das mãos a todo momento, evitar aglomerações em locais fechados e principalmente uso de máscaras. Contudo, há pessoas que se recusam a tomar a vacina. Creiam isso ocorre com pessoas como diz a palavra grega, imbecis.

Para o Natal com saúde, um novo Ano sem tantas mortes e com muito trabalho, precisamos novamente refazer nossos planos; priorizar a família, desenvolver o afeto, aplicar o perdão e dominar o egoísmo.

Não nos esqueçamos de que o único bem que não poderão retirar dos nossos filhos serão nossos exemplos e o único alimento que eles nos darão gratuitamente é a oração, através do amor e do afeto.

Por isso, sejamos humildes e pacíficos; porque a inteligência nos foi dada para usá-la durante a vida para que possamos sofrer menos diante da circunstância adversa que teremos que enfrentar um dia, qual seja, a morte do corpo físico.

E que ao chegarmos do outro lado estejamos vestidos com a Roupa Nupcial.

Heloisa Helena Valladares Ribeiro

Presidente do Ibdfam Núcleo Uberaba biênio 2020/2021

@heloisaribeiro

@ibdfamnucleouberabamg

 

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