ARTICULISTAS

Percepção do cotidiano - Sobreviver ao caos!

Vania Fonseca
Publicado em 27/05/2020 às 20:47Atualizado em 18/12/2022 às 06:37
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Em meio às incertezas da hora, um vírus deita o homem por terra e o leva a se perguntar sobre sua própria divindade!

No apogeu do cientificismo, da busca por soluções materialistas, são questionadas as verdades eternas, as hipóteses apocalípticas! Os povos da Terra se unem, democraticamente, se iluminam pela energia da oração em busca da cura divina.

A ciência médica tem proposto a meditação, o esvaziamento da mente em relação a problemas da vivência cotidiana que abundam na esfera psicológica e sobrecarregam o corpo somático.

A religiosidade conclama o crente à prática de louvores, do recitar mantras! Antes de Cristo, os filósofos Sócrates e Platão convidaram o ser humano à busca de si mesmo nas cavernas de seu inconsciente! Com Jesus, há mais de 2.000 anos, o indivíduo é confrontado por este revolucionário do amor, a se expandir em busca de seu próximo pelo exercício da caridade.

Assim posto, considera-se que no caminhar da humanidade, sempre existiram percalços sociais, econômicos, políticos e consequentes buscas por soluções abstratas diante da impotência humana! Perante resultados infrutíferos do materialismo, também, é presente a tentativa de indução à crença de que apelo espiritual é parte de mentes ignorantes, insensatas e doentes!

Dualismo à parte, sabe-se que “há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia”, frase consagrada pelo renomado dramaturgo inglês William Shakespeare no século XVI.

E no ir e vir nas opiniões e princípios sobre as condições que governam a vida humana, constata-se que as ruas estão vazias do artificialismo, ouve-se o canto dos ventos, os entes familiares se comungam em torno do aparente silêncio dos lares!

Minimalismo em moda, escassez social e econômica em meio à pandemia Covid-19, o conto de fadas “A roupa nova do imperador”, publicado em 1837 pelo dinamarquês Hans Christian Andersen, vem à tona do caos político inquirir o cidadão brasileiro sobre os reais fios que tecem as vestes do rei. Invisíveis como o coronavírus, as intenções políticas se mostram sem lógica e as estratégias de guerra frustrantes, pois não conhecidas!

Já dizia Sun Tzu, há 500 anos antes de Cristo, na célebre “A arte da guerra”, que “a vitória está reservada àqueles que estão dispostos a pagar o preço”. Atualmente, o preço tem sido pago à custa de isolamento social e uso de máscaras até que a paz (vacina) possa ser usufruída! Cabe a cada brasileiro agir com convicção sobre a eficácia destes benefícios, renunciar à vaidade, às dificuldades impostas pela aparente falta de autonomia; enfim suspirar, mas não adormecer em “berço esplêndido” e não duvidar de que “o rei está nu”!

Vania Fonseca

Bióloga e pedagoga

 

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