CIDADE

HC-UFTM é autorizado a iniciar captação e transplantes ósseos

Publicado em 17/02/2020 às 17:52Atualizado em 18/12/2022 às 04:20
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Foto/João Pedro Vicente/HC-UFTM

O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) foi autorizado pelo Ministério da Saúde a captar e transplantar tecidos musculoesqueléticos. A portaria tratando do tema foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 14 de fevereiro.

Com a novidade o HC-UFTM, que realiza transplantes de rins, córneas, medula óssea autólogo e valva cardíaca, passa também a transplantar ossos, tendões e ligamentos captados a partir de doadores cadáveres. Os procedimentos vão beneficiar principalmente pacientes de Uberaba e da região Triângulo Sul de Minas Gerais, composta por 27 municípios, para a qual o Hospital de Clínicas é referência em alta e média complexidade.

Dois pacientes já estão aptos a receber os tecidos, e serão transplantados a partir de material processado pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia - Into -, localizado no Rio de Janeiro. A primeira cirurgia acontece em março.

Fluxo

“Essa é uma grande conquista para a saúde local, e pode impactar positivamente a vida de pessoas que sofreram perdas ósseas decorrentes de tumores, precisam trocar próteses ou possuem deformidades congênitas e de coluna”, avalia o coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do HC, Ilídio Antunes de Oliveira Júnior.

Segundo o profissional, a prioridade é atender a demanda da região, havendo ainda a possibilidade de receber pacientes de todo o estado e os cadastrados no sistema nacional. “O material musculoesquelético tem um diferencial com relação aos demais tecidos: pode ser conservado por até três anos em bancos de armazenamento especializados, como o do Into”, destaca.

O responsável técnico pelos transplantes ósseos do HC, Adriano Jander Ferreira, explica que a triagem do público acontecerá a partir dos atendimentos ambulatoriais da instituição. Já os encaminhamentos oriundos de outros estados serão coordenados pela Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade.

“Projetamos que a maior demanda será nas áreas de quadril, joelho e tumores ósseos. A expectativa é de aconteçam até dois transplantes ao mês. Essa quantidade é em virtude de que não podemos realizar um procedimento sem prestar contas do anterior, e esse processo leva em média 15 dias”, adianta Ferreira.

Após as cirurgias, haverá acompanhamento pós-transplantes nos ambulatórios do HC-UFTM, no caso dos pacientes de Uberaba e região. Já os oriundos de outros estados, após as altas, serão referenciados para serviços de saúde dos locais de origem, com as orientações de cuidados pós-operatórios. 

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