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Hildebrando Pontes

Com jeito introdutório de ata, este texto não poderia deixar de ser concebido

João Eurípedes Sabino
Publicado em 05/12/2019 às 17:51Atualizado em 18/12/2022 às 02:33
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“Aos 25 dias do mês de novembro de 2019, às 17h, reunimo-nos na sede da Superintendência do Arquivo Público de Uberaba, na Praça Dr. José Rebouças, nesta cidade, para comemorarmos os 34 anos da Instituição e assistirmos ao lançamento do livro e-book ‘A imprensa em Uberaba’, de Hildebrando Pontes. Da solenidade constou também o descerramento da placa com o nome de Hildebrando de Araújo Pontes, doravante o patrono daquela Casa depositária da história”. 

Com jeito introdutório de ata, este texto não poderia deixar de ser concebido, exatamente por registrar fato histórico de grande importância. Não fosse Hildebrando Pontes e outros de igual têmpera, não teríamos preservado nossa história local e grande parte da brasileira.

O público presente à solenidade testemunhou cenas e manifestações que Hildebrando, em ocasiões semelhantes, certamente as descreveria em detalhes a ponto de servirem como referências no futuro. Sua obra literária inteira é escrita em minúcias capazes de nos transportar ao longínquo passado e lá experimentarmos coisas muito antes do nosso tempo. Poucas cidades brasileiras possuem um acervo tão rico quanto ao que possuímos. Nosso Arquivo Público é o grande repositório dessa fortuna.

Todos os povos almejam conhecer suas origens, seus caminhos, enfim, suas histórias. Uberaba e o Brasil Central não fogem à regra e o exemplo de Hildebrando dissemina infiltrando nas veias de abnegados que, aqui e nos mais distantes lugares, o têm como referência. As pesquisas frequentes a seus livros, desenvolvimento de teses, citações em obras literárias, textos ou conversas informais só tendem a crescer. Isso não tem preço!

Em 16/02/1879, há 140 anos: “Nasce em Jubaí, distrito de Conquista, num domingo chuvoso, às 5 horas da manhã, num rancho de capim à margem esquerda do Ribeirão Ponte Alta”. Eis a brilhante origem de Hildebrando Pontes que, aos vinte anos de idade (1899), inicia seu trabalho de engenheiro agrônomo formado pelo Instituto Zootécnico de Uberaba. Sua vida acadêmica e a profissional foram pontilhadas de irrepreensíveis pesquisas registradas. Não lhe faltou a performance política, tendo sido nosso Agente Executivo; cargo em que conheceu as amarguras e o prazer quando serviu ao seu povo.

Escrevendo páginas que viraram documentos, Hildebrando Pontes fez jus para ser patrono de cadeiras na Academia de Letras do Triângulo Mineiro e no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. 

Não construiu riquezas pelo que fez, mas edificou um patrimônio inalienável pelo que não quis fazer: deixar de registrar a história. Esse é o respeitável Hildebrando Pontes.

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