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Petróleo e Marielle

O título deste texto soa estranho. Mas ambos os substantivos – petróleo e Marielle

Mário Salvador
Publicado em 18/11/2019 às 22:36Atualizado em 18/12/2022 às 02:02
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O título deste texto soa estranho. Mas ambos os substantivos – petróleo e Marielle – têm algo a ver com Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil. 

Intensificam-se as notícias – verdadeiras ou falsas – da responsabilidade de Bolsonaro pelo assassinato da vereadora Marielle Francisco da Silva e de seu motorista Anderson Pedro Gomes. Isso porque um suposto acusado do crime foi ao condomínio onde residia o então deputado Bolsonaro e pediu ao porteiro que anunciasse sua presença. Por isso o porteiro interfonou para o apartamento de Bolsonaro, foi atendido, e a entrada do visitante foi liberada.

Assim começa a lambança: como o porteiro reconheceu a voz do deputado que estava, comprovadamente, em Brasília, votando leis na Câmara dos Deputados? Acreditem: para incriminar Bolsonaro como mandante dos dois assassinatos já circularam boatos de que era um sósia do deputado que estava na Câmara. É bobagem demais da conta!

Já são muitas as reportagens sobre o assunto e, por certo, outras continuarão a rolar pela mídia. Não se sabe quando a verdade dos fatos virá à tona. Nem por que o porteiro mentiu. Nem a serviço de quem estava ele.

Quanto ao derramamento de petróleo nos mares do Nordeste, o óleo já atingiu mais de quinhentas praias e mais corais, mangues, rios, fauna e santuário ecológico. Milhares de toneladas de óleo já foram recolhidas. Mesmo assim, o petróleo toma conta das praias do Nordeste e já chega às do Espírito Santo. Uma maldade circulando no noticiário dá conta de que a ex-presidente Dilma, mineira, teria dito que “tinha medo de o petróleo chegar a Minas”.

Os primeiros indícios apontavam um navio grego como responsável pela tragédia do derramamento do óleo no mar. Tudo indica que essa hipótese está sendo descartada, em razão da defesa apresentada pela empresa proprietária do navio. E os últimos noticiários garantem que agora o navio responsável já foi identificado. Não sabemos ainda que rumos tomaram as investigações e se o problema visava prejudicar a imagem de Bolsonaro. Nem quem financiou a empreitada. Nem quem vai pagar pelos prejuízos causados ao turismo e ao meio ambiente. Nem os reais motivos de jogarem petróleo ao mar. Continuamos aguardando o desenrolar das investigações. 

Muitas questões envolvendo Bolsonaro continuam sem resposta. Para um Presidente, conviver com um estresse desse não deve ser nada fácil. Principalmente porque seu papel vai muito além disso. Esperamos que Bolsonaro tenha saúde e lucidez para contornar tudo isso e ainda conseguir fazer o principal: governar com garra este país gigante pela própria natureza.

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