ARTICULISTAS

Vivas à imortal Academia!

Nesta data temos algo importante a comemorar, não só os 130 anos de proclamação da República

João Eurípedes Sabino
Publicado em 14/11/2019 às 20:08Atualizado em 18/12/2022 às 01:58
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Nesta data temos algo importante a comemorar, não só os 130 anos de proclamação da República. Imagino hoje, de um lado, Marechal Deodoro, acordado na madrugada por seus correligionários montado em seu cavalo baio, de espada em punho, acometido de uma crise de asma, e do outro, Dom Pedro II, diabético, amargando sua queda por ser um imperador liberal. 

E a República foi “proclamada” para chegar aonde chegou...

Que algo importante temos a comemorar nesse 15 de novembro? A fundação da Academia de Letras do Triângulo Mineiro. Imagino a alegria em 1962 dos três timoneiros: José Mendonça, Edson Prata e Juvenal Arduini. Com os demais valorosos fundadores, em Assembleia Geral, instituíram a Casa de Letras, que hoje comemora 57 anos bem vividos! Compulsando a história, tenho comigo que poucas Academias de Letras tiveram tantos intelectuais de proa para vê-la nascer e depois conduzi-la nos moldes de um mimo a requerer todo o cuidado. É uma das mais antigas entidades literárias mineiras.

Recordar seus membros do passado é sentir o conforto de que cada um deu de si o melhor para ver surgir a nossa “menina dos olhos”, cuja luz cultural irradia para iluminar o caminho por onde estamos hoje passando. Recordar os confrades de hoje é ter a certeza de que com cada um aprendo lições fluidas de suas almas, retratando a essência do bem contido em seus corações.

Hoje nossa bandeira tremula esvoaçante, sob os acordes do Hino que a perpetua. O escudo circular dourado com um livro aberto esboçando 40 páginas, um triângulo branco com bordas vermelhas ao centro e uma pena representando a escrita, se harmonizam com a frese do hin “Paz e amor ideais retumbantes / Cantam vivas à imortal Academia!”.

Estamos diante da eleição democrática de dois Membros Efetivos para ocuparem as cadeiras em que honrosamente sentaram os Acadêmicos Luiz Manoel da Costa Filho(18) e Thomaz de Aquino Prata(4). Que venham candidatos com pendor acadêmico, ou seja, possuidores do incondicional amor pela instituição. Que possuam a virtude maior de ter a Academia como parte de suas vidas e cuidá-la como fizeram os heróis fundadores e seus seguidores. Ter em mente que na instituição acadêmica todos estão no mesmo plano e, em face disso, não deverá haver motivos para que nem um de seus membros se sinta acima ou abaixo.

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