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Segunda Guerra

Mário Salvador
Publicado em 15/10/2019 às 08:12Atualizado em 18/12/2022 às 01:05
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Na Segunda Guerra Mundial (de setembro de 1939 a setembro de 1945), maior conflito armado da história da humanidade, nações do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) batalharam contra a maior parte do resto do mundo (mais de setenta países), os Aliados. Esse conturbado período terminou com a rendição do Japão (atingido por duas bombas atômicas lançadas pelos americanos) e a vitória dos Aliados. Setenta milhões morreram nessa guerra.

Famílias nas quais alguém foi convocado para a guerra ficavam atentas ao rádio, que dava as notícias e apresentava mensagens dos combatentes para as famílias, lidas pelos locutores, o que representava um alento para todos. Muitos dos vinte e cinco mil pracinhas brasileiros da Força Expedicionária Brasileira (FEB) voltaram vivos da guerra, porém mais de quatrocentos desses soldados morreram em combate, lutando pelos Aliados. Dentre as atrocidades registradas por esse conflito, podemos citar assassinatos, ataques contra civis, genocídio, estupro, bombardeio, explosões nucleares, fome, doença, tortura, leis raciais, destruição, campos de concentração, de trabalho escravo e de extermínio, o Holocausto...

Li algo que foi novidade para mim sobre essa guerra: já prevendo ataques aéreos e invasões por terra, a Inglaterra criou o Comitê Nacional de Precaução Contra Ataque Aéreo, a fim de instruir os ingleses sobre como minimizar o sofrimento advindo da guerra. Pensando na escassez de alimentos própria da guerra e gastos com pets, o comitê pediu que cada família enviasse seu pet para fora do país e, se isso não fosse possível, que o pet fosse sacrificado. Com isso, setecentos e cinquenta mil pets foram mortos. Eu preferiria crer que se trata de fake, apesar de a história soar verossímil.

Na época do conflito armado, lembro-me de que carteiros, injustamente, eram odiados pelas famílias, pois levavam a convocação para que nossos entes queridos atuassem na guerra. Meu irmão mais velho, em idade de convocação, foi intimado para lutar na Europa, o que deixou a família desolada. Ele, como todo convocado brasileiro, apresentou-se no quartel de Pouso Alegre, para fazer treinamentos até partir para a guerra na Europa. Um dia, o comandante separou, dentre os soldados, os pintores de parede profissionais. Esses poucos pintores, dentre eles, o sortudo do meu irmão, não foram para a guerra, pois ficaram pintando todas as instalações do enorme quartel. Assim, meu irmão legalmente foi convocado, mas legalmente não foi para a guerra.

Quem viveu naquela época, especialmente se perdeu parentes e amigos no conflito, recorda-se do terror que era cada notícia. Guerra representa sofrimento, dor, medo, morte, escassez, fome, sequelas, traumas... Toda guerra tem seu saldo negativo. Mesmo os vencedores contabilizam perdas. Melhor seria vivermos sem essa barbárie, na história da humanida

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