CIDADE

Presidente do Codau diz que Água Viva funcionou e chuva foi atípica

De acordo Luiz Guaritá Neto, presidente do Codau, em 20 minutos de temporal caíram 63 milímetros de chuva na cidade, resultando no alagamento de diversos pontos

Letícia Morais
Publicado em 18/10/2016 às 07:52Atualizado em 16/12/2022 às 16:58
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 Foto/Neto Talmeli

Para o presidente do Codau, os alagamentos foram causados pela intensidade da chuva, considerada por ele atípica 

A forte chuva que caiu sobre Uberaba na noite do último sábado (15) e provocou o alagamento de ruas e avenidas no centro e bairros da cidade gerou reclamação por parte da população, que questionou a eficácia do projeto Água Viva. O presidente do Codau, Luiz Guaritá Neto, diz que a chuva ocorreu de forma atípica e considera que os resultados do projeto Água Viva continuam sendo bons.

Mas, na avaliação de comerciantes da área central, a situação foi interpretada de forma diferente. “Encheu a loja de barro e lixo, tentamos colocar a porta para segurar a água, mas não resolveu muito. Perdemos algumas coisas e, para mim, os problemas continuam os mesmos. O prefeito, em campanha, disse que as enchentes tinham acabado. E agora eu pergunt quem irá arcar com mais esse prejuízo que tive em meu comércio?”, questiona a comerciante Carolina Frazão, proprietária de uma papelaria na área central da cidade.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, o presidente do Codau, Luiz Guaritá Neto, pontua que a chuva na cidade ocorreu de forma atípica. “Eu acho que a obra funcionou maravilhosamente bem. As chuvas de Uberaba não aconteceram somente no fundo do vale, nas avenidas Leopoldino de Oliveira e Guilherme Ferreira, mas sim em todos os pontos de Uberaba, inclusive no Shopping Center Uberaba, localizado na parte alta da cidade, que ficou com os estacionamentos alagados”, afirmou.

Sobre a possível falha do projeto Água Viva, criado “para solucionar o problema das enchentes [..]”, conforme o site da Prefeitura Municipal de Uberaba, Luiz Neto nega, dizendo que não foi uma falha. “Temos um ponto crítico, ao lado da Leopoldino, na rua paralela ao Habib's. Lá existe uma depressão e isso nós já sabíamos. Nós precisamos fazer uma obra ali e aumentar, no mínimo, um metro e meio na altura da rua, porque existe uma bacia, que só poderá ser drenada quando a chuva diminuir e os canais estiverem menores”, explica o presidente da autarquia.

O presidente do Codau destaca, ainda, que foram 63 milímetros de água no prazo de 20 minutos de chuva, portanto, muito forte e atípica em termos de volume para um curto espaço de tempo. “Ocorre que todas as águas que caíam nos bairros de Uberaba chegaram ao centro da cidade ao mesmo tempo. Pelo que pude ver, acho que a obra se portou maravilhosamente bem, até porque a duplicação dos canais, se não tivesse sido feita, aí sim nós teríamos carros e ônibus rodando”, avalia Luiz Neto.

Por fim, Guaritá afirma que nunca havia visto o calçadão da Artur Machado ficar como ficou. “Foram praticamente 30 a 40cm de água por cima do calçadão. O que aconteceu com essa chuva não aconteceu no centro da cidade, mas em Uberaba inteira”, completa.

Alagamentos. Em nota, a assessoria de comunicação do Shopping Uberaba esclarece que o que ocasionou o alagamento no estacionamento do shopping foi causado pela terra e o entulho que foram levados pelas enxurradas e provocaram o entupimento da rede de água pluvial do shopping. Com isto, o estacionamento Guzerá sofreu alagamento por algumas horas.

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