CIDADE

Cerca de 20 pacientes ao dia, em média, esperam nas UPAs por leitos hospitalares

Em média, 20 pacientes ficam diariamente nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) à espera por transferência

Geórgia Santos
Publicado em 25/03/2015 às 07:53Atualizado em 17/12/2022 às 00:51
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Fot Divulgação/Família

Em média, 20 pacientes ficam diariamente nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) à espera por transferência para tratamento hospitalar. Atualmente, a falta de leitos é um dos principais gargalos da Saúde no país. Pacientes seguem internados em UPAs, esperando por dias a liberação de uma vaga, preocupados com possível piora no estado de saúde. Hoje, em Uberaba, existem 600 leitos, que não são suficientes para atender, sem espera, todos os usuários.

A irmã de Claudineia Borges está esperando por uma vaga no Hospital de Clínicas para ser atendida por especialista. Esteve internada por cinco dias na UPA do Parque do Mirante, foi transferida para o Hospital Beneficência Portuguesa e está no local por seis dias esperando por vaga. “O histórico de saúde dela é complicado, teve dengue hemorrágica e no início deste mês sofreu um acidente de moto. Foi atendida, voltou para casa, mas depois apareceram hematomas, está bastante inchada e precisa ser atendida por um especialista para o diagnóstico”, explica Claudineia. Assim como esta paciente, vários outros estão à espera de uma vaga.

De acordo com o diretor-geral da Pró-Saúde, Ronaldo Foloni, desde que a empresa assumiu a gestão das UPAs, a Secretaria de Saúde está realizando um trabalho junto à Central de Regulação para diminuir o prazo de espera destes pacientes e, de alguma forma, isso está acontecendo. O número de pessoas internadas nas UPAs ainda é alto, mas é menor que antes.

O coordenador da Central de Regulamentação de Leitos em Uberaba e macrorregião, José Natal França, explica que o paciente é inserido no SUSfácil. A central analisa o caso e, diante do diagnóstico e exames, encaminha ao hospital, que nem sempre tem leito no momento, apenas existe vaga momentânea para aquele paciente considerado “vaga zero”, com risco de vida. Hoje existe escassez de leitos, o que precisa ser ampliado pelo governo municipal, que está construindo o Hospital Regional. A expectativa com a inauguração da unidade é grande.

“Hoje contamos com 600 leitos para atender à região. Uberaba cobre a macrorregião na alta complexidade, que são 27 municípios, e à microrregião na média e alta complexidade. A maioria dos pacientes internados nos hospitais é de Uberaba. Além disso, é importante destacar que em alguns períodos, de forma imprevisível, aumenta o número de pacientes esperando por vagas, em outros a demanda é menor”, explica.

Quanto ao caso da irmã de Claudineia Borges, segundo José Natal, ela já está na fila de espera por vaga e não é considerada “vaga zero”, sendo necessário um diagnóstico mais claro para a transferência. Ontem foram realizados novos exames, mas ele acredita que ainda haverá necessidade de transferência. Mas ele destaca que ela já está em um hospital, com assistência mais ampla que em uma UPA.

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