O Centro Integrado da Mulher fica localizado no Parque das Américas, em Uberaba, e oferece acolhimento, atendimento psicológico, social jurídico e prestando serviços de orientação, informação e inserção da mulher no mercado de trabalho (Foto/Arquivo)
Centro Integrado da Mulher (CIM) atende cerca de 90 mulheres, vítimas de violência doméstica, por mês. No último trimestre, o número cresceu cerca de 11%.
Em entrevista ao programa JM News 1, da Rádio JM, a gerente do CIM, Juciara Moura, conta que a pandemia potencializou o aumento de casos. “A média era de 70, 80 casos. Nos últimos três meses aumentou para 90”, explica.
Além da pandemia, outro fator que agrava a situação das vítimas de violência doméstica é o uso de bebida alcoólica. “Os atendimentos aumentam nos finais de semana, o uso imoderado de bebidas potencializa as violências”, esclarece Juciara.
O Centro Integrado da Mulher tem o objetivo de assistir integralmente a mulher e sua família em situação de violência, oferecendo acolhimento, atendimento psicológico, social jurídico e prestando serviços de orientação, informação e inserção da mulher no mercado de trabalho. Atua em conjunto e parceria com a Delegacia da Mulher.
Além do atendimento inicial, Juciara explica que a instituição oferece o serviço de “Casa Abrigo”. “Quando a mulher está correndo risco de morte é oferecido para ela esse serviço, de ficar abrigada. Ela vai ficar lá o tempo que puder e vai acompanhada dos filhos”, elucida.
Entretanto, nem sempre essas mulheres aceitam, por serem dependentes, emocional e/ou financeiramente, de seus parceiros. O fato aumenta também a reincidência da violência. “Muitas vezes a gente atende a mulher na segunda-feira, na sexta ela retorna falando que resolveu, que vai dar uma oportunidade pra ele, que não vai dar prosseguimento”.
CIM também oferta atendimento psicossocial inicial e encaminhamento para o Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher (Caism). O centro fica localizado na rua Luiz Próspero, 242, no Parque das Américas. O telefone é (34) 3312-9161. Caso a mulher esteja em situação de vulnerabilidade e necessite de um atendimento de urgência, a Polícia Militar deve ser acionada pelo 180 ou 190.