Sindicato Rural de Uberaba exige de candidatos apoio a Bolsonaro para diálogo com filiados

O Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba (SRU) publicou, nesta quinta-feira (4), “Carta de Princípios” para regular o encontro de candidatos às eleições de 2022 com filiados da entidade. Entre as exigências listadas no documento, para que o interessado se reúna com os produtores, está o apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, a defesa irrestrita da propriedade privada e o reconhecimento público da produção rural como atividade propulsora da economia nacional.

De acordo com o presidente do SRU, Marco Túlio Machado Borges Prata, a elaboração da intitulada “Carta de Princípios” foi definida após concílio com os filiados, onde foram apontadas preocupações e responsabilidades com o processo eleitoral deste ano. “Nós sabemos que é uma eleição polarizada. E queremos que os candidatos estejam alinhados com as nossas pautas, as nossas eixgências”, diz.

São elencadas, numericamente: 1) apoio ao candidato Jair Bolsonaro ao cargo de Presidente da República; 2) reconhecimento público da produção rural como atividade propulsora da economia nacional, que deve ser exaltada e defendida na medida de sua contribuição para o desenvolvimento do país; 3) defesa irrestrita da propriedade privada, combatendo de forma incisiva movimentos e ações que visem a invasão de terras e outros ataques a este princípio, bem como aqueles que os incentivem; 4) defesa irrestrita da livre iniciativa econômica, posicionando-se contra quaisquer políticas públicas que limitem o exercício deste direito e 5) defesa irrestrita à desburocratização para o exercício da atividade rural, combatendo exageros de normas e regulamentos excessivos.

Desta forma, o interessado em se reunir com os produtores rurais deve assinar a Carta com nome, partido e o cargo pretendido, registrando estar de acordo com as condições. Até o momento, os pré-candidatos Ismar Marão e Ellen Miziara assinaram o documento.

Oposição. Marco Túlio Prata afirma que candidatos fora da base eleitoral de Bolsonaro, ou em desacordo com as exigências, podem requisitar a visita à entidade. Contudo, não será uma “conversa legal”.

“A gente pode até recebê-lo [candidato de oposição], mas ele já está em desacordo com o que os produtores rurais estão pensando para o Brasil. Se basicamente não apoia o presidente Bolsonaro, apoia o outro lado, e o outro lado não respeita os outros princípios. Nós vamos apresentar o documento, se ele optar por não assinar, tudo bem. Mas não vamos dar publicidade, não vamos divulgar. O texto é uma forma para cobrar os candidatos depois, se eleitos”, declara.