Alunos são impedidos de assistir aulas do "Trilhas do Futuro" em Uberaba, segundo denúncia

O que era para ser um facilitador no que tange o acesso ao ensino técnico, aparentemente, tem sido motivo de transtorno e “dor de cabeça” para muitos estudantes. Isso porque, segundo denunciante que preferiu manter sua identidade preservada, os alunos matriculados no programa “Trilhas do Futuro”, em Uberaba, estão impedidos de assistir às aulas devido à burocracia por parte do governo.

“Primeiro eles falaram que seria dia 25 de julho, depois mudaram pro dia 1º de agosto. As aulas já começaram. Eu e outras pessoas que também estão matriculadas no Trilha [do Futuro] estamos sendo impedidas de assistir às aulas. Falam que falta assinatura por parte do governo ‘pra’ validar nossa matrícula, eu estou perdendo conteúdo”, desabafa a estudante.

A denúncia aponta que mais de uma instituição tem apresentado o mesmo entrave referente à entrada dos estudantes matriculados no Trilhas do Futuro. Grau Técnico Uberaba, Escola Técnica de Uberaba (Efop) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) da cidade são algumas das unidades apontadas.

O Jornal da Manhã entrou em contato com as instituições de ensino citadas. À reportagem, a diretoria do Senac Uberaba informou que “todos os alunos estão devidamente matriculados e que a informação não procede”. O Senac do município ressalta que, o que pode ter acontecido, é um equívoco por parte da denunciante quanto ao início das aulas.

“As aulas estavam previstas para começarem no dia 1º de agosto, mas foram prorrogadas para o próximo dia 8 para os alunos deste segundo momento do programa. A mudança foi comunicada a todos os alunos por meio de mensagens no WhatsApp e ligação telefônica. Também foi publicado nas redes sociais do Estado e do próprio Senac, além de termos uma nota fixada na entrada da instituição informando sobre a mudança. Mas seguimos à disposição para que, em caso de dúvidas, nos procurem para esclarecimentos”, pontua a diretoria da instituição.

O Grau Técnico Uberaba, outra instituição apontada na denúncia, também se manifestou com ponderações semelhantes às do Senac, alegando que “houve a comunicação tanto por grupo específicos, quanto por redes sociais sobre a alteração da data de início das aulas para o dia 8 de agosto e que não houve reclamação por parte de nenhum dos estudantes até o momento”.

Por outro lado, a Efop, ao ser procurada pela reportagem, confirmou que realmente “há um problema com relação a todos os matriculados do projeto Trilhas do Futuro, mas que não é um problema da instituição de ensino ou mesmo somente da Efop, outras instituições também estão tendo problemas e trata-se de um problema com a assinatura de contrato com o governo”.

O Jornal da Manhã também entrou em contato com a coordenadora do serviço de inspeção escolar, Maria Stela Alves, para saber a respeito do caso. A coordenadora informou que é preciso analisar caso por caso dos alunos matriculados que estão tendo problemas nas matrículas, mas que o processo contratual ainda está sendo finalizado.

“Em todo o estado as aulas da 2ª edição do Trilhas do Futuro têm previsão de início, realmente, para o dia 8 de agosto, uma vez que está no processo de conclusão e encerramento dos contratos com as instituições educacionais que oferecem as vagas para o projeto”, explica.