CIDADE

Novas infecções por Covid-19 ainda são resultados da ômicron, explica infectologista

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 17/05/2022 às 11:43Atualizado em 18/12/2022 às 22:33
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Uberaba ainda sofre as consequências da alta transmissibilidade da variante ômicron da Covid-19, de acordo com a infectologista Cristina Barata, em entrevista à Rádio JM nesta terça-feira (17). Na avaliação da especialista, o relaxamento das medidas de proteção e os cartões de vacina incompletos atrasam o fim da pandemia.

Cristina Barata explicou que a principal mudança do Sars-Cov-2 neste novo momento é a diminuição da letalidade, uma vez que o vírus depende dos hospedeiros vivos para também continuar vivo.

“O que a gente viu foi a adaptação do vírus pela própria sobrevivência. Ele precisava do hospedeiro para manter a circulação. Se ele continuasse matando, iria morrer conosco. Ele se adaptou para continuar a permanência no habitat. Essa é a capacidade do vírus em continuar perpetuando a transmissibilidade”, afirma Cristina.

Desta forma, o aumento dos casos está dentro dos parâmetros esperados, mas a mínima de mortes é resultado do impulsionamento da vacinação. Entretanto, a infectologista diz que três fatores impactam diretamente nessa escalada de registros, entre elas os cartões de imunização incompletos.

“Esse número aumentado, de maneira, às vezes, preocupante, de novos casos ainda é da cepa da ômicron. Tudo isso é repercussão dela ainda. E de três fatores: o relaxamento das medidas de proteção, quando abandonaram as máscaras; a volta das aglomerações e, principalmente, das pessoas que não completaram os esquemas vacinais. Mesmo com pessoas com terceira, quarta dose, ainda há a infecção pela covid. Mas todas as medidas, isoladamente, não têm o mesmo impacto quando temos todas. A nossa maior preocupação é porque a dinâmica do vírus mudou, ela é muito mais transmissível”, explica a especialista.

Testes. Cristina Barata também explica que a melhor forma de detectar o vírus é pelo teste de PCR, com biologia molecular. “Com a biologia molecular não tem questionamento. Só dá falso negativo se for feito fora da época, depois do 8º dia das pessoas com sintomas leves. Os testes de antígeno podem, na realidade, dar falso negativo quando são colhidos fora da época, com técnica inadequada”, diz.

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