CIDADE

Diretor do Regional reforça importância da vacinação contra a covid-19 e relaciona aumento de casos na Europa com movimento antivax

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 07/12/2021 às 15:38Atualizado em 19/12/2022 às 01:05
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Visível nos boletins e nas taxas de ocupação de leitos em Uberaba, o arrefecimento da pandemia, com o passar das semanas, se mostra intimamente ligado ao avanço da cobertura vacinal contra a covid-19 na cidade. Se por um lado a imunização não impede totalmente a infecção, por outro o número de pacientes com quadros graves da doença despencou. Em entrevista à Rádio JM, o diretor do Hospital Regional José Alencar, Diego Amad, reforçou a diferença dos quadros vistos durante a segunda onda e os registrados neste momento mais ameno da pandemia.

Questionado sobre a capacidade atual do HR e a sua taxa de ocupação, Diego Amad diz que o panorama é estável nas últimas cinco semanas e apresentou números positivos, além de deixar clara a relação entre pacientes vacinados e não vacinados.

“Nós tivemos alguns casos de pacientes intubados nas últimas semanas. O que observamos é que, mesmo após a vacinação, têm pacientes que complicam, mas sempre conseguimos recuperar. Isso é bem diferente do quadro no passado, em que a evolução para óbito era rápida. Hoje os pacientes respondem melhor ao tratamento e conseguimos tirá-lo rapidamente da intubação”, revela o gestor.

Diego também foi questionado sobre a preparação do município acerca da ameaça da variante ômicron, cepa com relatos de ser mais transmissível. Neste ponto, ele afirma que a situação está bem melhor planejada do que há um ano, quando foi exigido um esforço sobre-humano para conciliar os leitos lotados no HR.

Ainda no âmbito vacinal, ele traça um paralelo entre o aumento dos casos de covid-19 na Europa e o movimento antivax, contra a vacinação, no Velho Continente. Por isso, é possível imaginar que o cenário brasileiro, caso a variante seja disseminada por aqui, pode ter resultados melhores do que o observado por lá.

“A visão para dizer se é ameaça ainda temos que esperar. Observamos que não estamos em um cenário pior pela cultura vacinal no Brasil. Na Europa, o movimento antivacina é muito maior. Estudos apontam que a nova variante tem transmissão maior, mas com uma taxa de mortalidade menor. Na semana passada tivemos reunião na Saúde de Uberaba, com a subsecretária, onde discutimos o plano de contingência do município, caso aconteça um aumento brusco de casos. No momento, estamos com um sinal de alerta e esperando uma subida dos casos, mas temos uma preparação diferente das outras vezes. Estamos à frente do que quando fomos pegos de surpresa”, finaliza Diego Amad.

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