O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares de Uberaba e Região (Sintect-Ura), Wolnei Capoli, lamentou a decisão que obriga funcionários com comorbidades dos Correios a ter de retornar ao trabalho. O pedido para que os colaboradores com comorbidades não retornassem ao trabalho foi feito pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e indeferido pela Justiça.
Segundo Wolnei Capoli, os colaboradores têm contato com muitas pessoas diariamente, o que se torna um risco. “Estamos lutando para que esses trabalhadores não retornem. Na verdade, os colaboradores dos Correios não pararam, mas, ao mesmo tempo, nós temos pessoal com comorbidades. Nós sabemos que um carteiro sai com 120 objetos para entregar e colher assinaturas. São 120 logradouros com contato de risco dessas pessoas”, pontua.
De acordo com Capoli, esses colaboradores dos Correios estão expostos a se infectarem com o coronavírus e podem retransmiti-lo, o que coloca também a sociedade em risco. “Da mesma forma que um carteiro desses está exposto, muitos podem contrair a doença e estar sendo um vetor. Então, foram essas nossas alegações, mas nosso pedido não foi acolhido”, destaca.
A decisão também foi comunicada nas redes sociais do Sintect-Ura, que pediu para que nenhum colaborador assine documento que possa comprometê-lo futuramente. Muitos desses trabalhadores já receberam a primeira dose da vacina e aguardam a segunda, que dará o reforço da imunização.