CIDADE

Recuo da pandemia faz MPHU começar a desativar leitos Covid-19

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 19/07/2021 às 15:38Atualizado em 19/12/2022 às 02:49
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O trágico cenário registrado nos primeiros meses de 2021 nos hospitais em Uberaba, com escassez de medicamentos e ocupação máxima de leitos, já é algo superado pelas unidades, conforme aumenta a cobertura vacinal e diminuem os índices de contaminação por Covid-19 na cidade. No Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU), inclusive, alguns leitos específicos para Covid começaram a ser desativados pela gestão.

A informação é do diretor técnico do MPHU, Galvani Salgado Agrelli, em entrevista à Rádio JM, nesta segunda-feira (19). O médico afirma que foi possível identificar queda brusca na demanda por leitos Covid na unidade, sejam da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) ou de enfermaria, destinados aos casos leves da doença.

A direção do hospital já desativou nove leitos de UTI específicos para Covid. Com isso, apenas 10 camas estão em uso no momento. O diretor acrescenta que mais de 60 leitos de enfermaria também foram fechados. Na manhã de segunda, segundo Galvani, a unidade tinha oito pacientes Covid na UTI e apenas 4 na enfermaria.

“Com certeza foi uma queda significativa. Trabalhávamos com 19 leitos de UTI. Já desativei nove. Na enfermaria já desativamos mais de 60 leitos. Hoje estamos, em enfermaria, só com 4 pacientes. Então o cenário é realmente muito melhor do que há duas, três semanas atrás. Se eu estivesse trabalhando com o mesmo número de leitos de antes, estaria com menos de 50% de ocupação”, declara o médico.

Cirurgias Eletivas

Questionado sobre a possibilidade de acelerar a fila de espera dos procedimentos eletivos, o diretor do MPHU afirmou que a unidade está “totalmente organizada” e explicou a preocupação da gestão municipal em cravar o índice de 60% de ocupação de leitos Covid para a autorização das cirurgias. Galvani diz que alguns pacientes Covid ficam internados até após o período de contaminação da doença, de cerca de 20 dias, e têm que ser transferidos para os leitos de UTI geral. Liberar as cirurgias eletivas sem o respaldo de camas disponíveis poderia asfixiar a assistência médica.

“Muitos pacientes da UTI Covid, quando passam de 20 dias, são transferidos para UTI geral. Quando são internações de longa permanência, mesmo a UTI Covid não estando lotada, acaba aumentando a ocupação do geral. A mesma coisa acontece no Hospital Regional e no Hospital Escola. A partir do 20º dia, o paciente não precisa mais de isolamento”, finaliza o médico.

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