O botijão mais barato encontrado em rápida pesquisa feita pelo Jornal da Manhã foi no bairro Pacaembu, por R$ 84 (Foto/Arquivo)
O gás de cozinha vai sofrer novo reajuste. A Petrobras anunciou novo aumento para a venda do gás liquefeito de petróleo (GLP) para as distribuidoras, desta vez de 5,9%. Segundo a Associação Brasileira dos Revendedores de Gás (Asmirg), a alta do botijão, que será de R$ 2,50 para os distribuidores, deve chegar ao consumidor entre R$ 7 e R$ 8. Após rápida pesquisa em alguns revendedores do produto, o Jornal da Manhã encontrou botijões custando entre R$ 84 até R$ 95. A variação é de cerca de 13% e, por isso, é preciso pesquisar.
O Jornal da Manhã fez uma cotação nas distribuidoras conforme o bairro. No bairro Abadia uma distribuidora está vendendo o botijão a R$ 88, no Elza Amuí I também é possível encontrar o produto pelo mesmo valor. O botijão mais barato foi encontrado no bairro Pacaembu, por R$ 84. O lugar com o preço mais alto encontrado pela reportagem está no bairro Amoroso Costa, onde o botijão custava R$ 95. Questionado, o responsável pela distribuidora explicou que esse valor já é com o reajuste.
No Jardim Maracanã, no Serra Dourada, no Boa Vista e no Bairro Estados Unidos ainda é possível encontrar botijões por R$ 85, porém ainda nesta semana os preços sofrerão reajustes, explicaram os responsáveis pelas distribuidoras.
Em vigor desde 2019, a atual política de preços de gás de cozinha prevê reajustes sem periodicidade definida. Com isso, já é o quinto aumento do ano. Entre janeiro e abril, o botijão de gás subiu 11,45% e no acumulado dos últimos 12 meses a alta foi de 17,25% conforme o indicador de inflação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Procon e Ministério Público fecham ponto de venda ilegal de gás de cozinha durante fiscalização
A Fundação Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Uberaba, em conjunto com o Ministério Público, deflagrou nesta terça-feira (15), ação de fiscalização e pesquisa de preços do botijão de gás de cozinha.
A ação se estenderá durante toda a semana e já resultou no fechamento de um ponto de revenda clandestina de gás de cozinha no Jardim Maracanã. Segundo o chefe da Seção de Fiscalização e Acompanhamento de Preço, Humberto Raphael de Souza, foi realizada notificação sobre o local correto de afixação das placas da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e as informações sobre preços e formas de pagamento.
A Fundação Procon ressaltou que, conforme a Constituição Federal consagra, entre os princípios gerais da atividade econômica estão o princípio da livre concorrência e os preços não são tabelados. Isso quer dizer que o Procon não regula o preço do combustível ou gás e é competência da ANP zelar pela proteção dos interesses do consumidor no que se refere ao preço, à qualidade e à oferta dos combustíveis automotivos e derivados de petróleo.
A ANP emite relatórios mensais de acompanhamento de mercado para gasolina comum, etanol hidratado, óleo diesel e gás natural, os quais contêm análises sobre o comportamento dos preços médios. Já ao Procon Uberaba cabe a fiscalização dos postos de combustíveis no tocante às infrações relacionadas à falta de informações, emissão de documentos fiscais, prazo de validade dos produtos, licença ambiental, certificado de registro na ANP, LMC, procedência dos combustíveis, entre outros.
O Procon Uberaba, com enorme esforço, assumiu acompanhar o mercado de combustíveis do Município, por meio da realização de pesquisas semanais de preços, e caso haja alguma suspeita de infração à ordem econômica, repassar ao órgão competente - a ANP - para as devidas providências.