CIDADE

Apesar das dificuldades, superintendente de ensino não considera ano escolar "perdido"

Vânia Célia Ferreira anunciou reforço para estudantes da rede estadual de ensino em Uberaba

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 09/06/2021 às 19:27Atualizado em 18/12/2022 às 13:48
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Em meio às discussões sobre o retorno das aulas presenciais na rede pública, a grande dificuldade das gestões municipal e estadual é garantir o aprendizado de forma nivelada a todos os estudantes impactados pela pandemia. A presença integral de alunos nas salas virtuais é comprometida por diversos fatores, entre eles a acentuada vulnerabilidade social.

De acordo com a superintendente regional de Ensino, Vânia Célia Ferreira, responsável pela coordenação da rede pública estadual no Triângulo Sul, apesar das barreiras financeiras e sociais do modelo virtual, parte significativa dos alunos conseguiu acompanhar as aulas ministradas em 2020, o que não configura “ano perdido”.

“Nós não falamos que foi [um ano] perdido apenas para os alunos que não tiveram condições de acompanhar. Nós sabemos que entramos o ano com a sala cheia, e no final temos uma evasão muito grande. Aí a gente vai na questão social. Claro que para aqueles alunos que acompanharam, fizeram, com apoio dos pais, tivemos um aprendizado. Não 100%, como em aulas presenciais. Neste ano, os alunos estão mais acostumados com a tecnologia, viram que é necessária a participação”, declara Vânia.

Além disso, a superintendente anunciou que o Estado prepara alternativas para oferecer reforços aos alunos mais prejudicados, ausentes ou que abandonaram a grade de ensino durante a pandemia. Ela admite a alta evasão escolar registrada no ano passado e defende o período integral como auxiliador na redução das diferenças.

“Claro que nós temos um ano que foi muito atípico, que a gente tentou, de todas as formas, chegar até o aluno que ficou à margem, mas não conseguimos plenamente. E agora temos esse desafio. Por isso, a secretaria está pensando nas avaliações trimestrais, para a gente rever o que cada um aprendeu e trabalhar de forma incisiva com os alunos que ficaram para trás. Os alunos com problemas terão esse reforço escolar. O tempo integral é importante nesse sentido, para conseguirmos tempo”, argumenta a superintendente. 

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