Uberaba realiza primeiro procedimento com auxílio do aparelho ECMO

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Equipe responsável pelo paciente e pelo ECMO, da esquerda para a direita: Henrique Schiller (perfusionista), Bruno Dornela (intensivista), Amarildo Batalha (cirurgião cardíaco), Betina Mielke (perfusionista), Ivan Monteiro (intensivista), Yulsef Ferreira (intensivista) e Jonathan Tavares (perfusionista)

Em um cenário de pandemia, onde milhares de pessoas lutam pela vida e para vencer a infecção pelo coronavírus, a medicina e a ciência se tornam ainda mais relevantes. Em Uberaba, um equipamento, até então nunca utilizado na cidade, deu mais esperança para uma família. O aparelho ECMO foi usado pela primeira vez no município esta semana em um paciente com Covid-19, internado no São Domingos. 

Antônio Tiveron, de apenas 36 anos e sem comorbidades, foi internado no hospital já com 70% dos pulmões comprometidos. Em conjunto com a equipe médica responsável, a esposa Sara e os familiares começaram a buscar soluções para salvar a vida dele. Neste momento, surgiu a hipótese do aparelho ECMO (Membrana de Oxigenação Extra Corpórea), capaz de  funcionar como um pulmão e um coração artificiais para pacientes que estão com os órgãos comprometidos. Outras infecções respiratórias, cirurgias e várias doenças pulmonares e cardiológicas também podem demandar o ECMO.

Porém, apesar do ECMO ter se tornado uma luz para a família, eles esbarram em outro empecilho; nenhum dos hospitais tinha o equipamento para utilização. A família explicou para a reportagem os trâmites e pontuou que para conseguir alugar o aparelho foi feito tudo de forma particular, porque se fosse pelo convênio, talvez não houvesse tempo para salvar a vida de Antônio. 

Começou a jornada para conseguir trazer o equipamento. Foram levantados dois aparelhos, um em Goiânia e o outro em Belo Horizonte, por fim, foi trasladado o de Goiás, junto com uma equipe técnica que administra o aparelho. A perfusionista da equipe ECMO 24h, Betina Mielke, veio de Porto Alegre. Às 4h40 da terça-feira (18), o paciente entrou no ECMO, com sucesso da operação. 

A família reforçou que: "Se ele não tivesse entrado em ECMO, ele já poderia ter ido a óbito com certeza". A gratidão ao procedimento também é imensa.“Graças a Deus, todos eles no hospital falaram que o ECMO salvou ele e também o Dr. Ivan Monteiro, sem a ajuda dele não teríamos conseguido, não foi fácil". Os familiares ainda pontuam uma crítica em relação ao municípi "Uma cidade do patamar de Uberaba, deveria ter no mínimo quatro equipamentos desses". 

Agora, o empenho da família caminha para outro ponto, a transferência para São Paulo, onde há uma estrutura mais complexa para dar continuidade ao tratamento, que é delicado. Devido ao alto custo do tratamento, os parentes abriram, inclusive, uma vakinha para conseguir levantar verbas para dar prosseguimento a esta luta. Quem quiser colaborar, é possível doar via PIX, 133172486-45 em nome de Clara Urbano (irmã da esposa), https://vaka.me/2085279.