Após o fechamento de leitos por falta de insumos no começo do mês de abril, Uberaba recebeu doações e remessas oficiais do chamado “kit-intubação”, mistura de medicamentos sedativos que assiste os casos graves de covid-19. O suporte tem o intuito de manter o adequado tratamento para os 103 leitos de UTI na cidade, mas deve durar, no Hospital Regional, apenas até este sábado (24).
A declaração é do diretor administrativo do Hospital Regional José Alencar (HR), Frederico Guglielmi Ramos, que enxerga a situação como normal por causa da nublada expectativa de novas remessas chegarem às unidades em breve.
“Hoje o Hospital Regional tem estoque deste “kit intubação” para mais quatro dias e meio. Quatro, cinco dias. A gente considera que ainda tá com segurança adequada, porque essa semana temos previsões de chegada pelos fornecedores e pelo próprio Estado”, revela Frederico.
As tratativas com o Governo de MG, por sua vez, continuam em funcionamento estável. Para solicitar medicamentos e suporte estadual, a administração do HR faz o levantamento semanal da quantidade de insumos disponíveis. A relação é enviada à Secretaria Estadual de Saúde (SES) e contabilizada no sistema estadual.
“Toda semana nós informamos ao Governo Estadual sobre a quantidade de remédios que nós temos através de um formulário que encaminhamos à Secretaria. Já preenchemos o desta semana e deve ser enviado amanhã. A expectativa é que o Estado supra as faltas de medicamentos assim que receber o formulário”, diz o diretor administrativo.
Profissionais
Outra preocupação das gestões hospitalares em Uberaba é a exaustão completa das equipes de saúde. A escassez de profissionais, no momento, está regularizada, de acordo com Frederico Ramos.
“A gente pode falar que agora estamos dentro do controle. Claro que ainda existe uma falta que é normal, mas no último levantamento, feito na quarta feira, faltavam sete colaboradores para concluir a equipe técnica de enfermagem. Esse é um número que consideramos normal no dia a dia das unidades. Mas os processos seletivos vão continuar abertos”, finaliza Frederico Ramos.