CIDADE

Representante dos supermercadistas uberabenses nega que o setor tenha lucrado de forma exorbitante na pandemia

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 09/04/2021 às 16:04Atualizado em 19/12/2022 às 03:58
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Os inúmeros decretos com restrições de funcionamento comercial afetaram diversos setores na cidade de Uberaba. Entre os mais prejudicados estão os eventos, os bares e as academias. Já o setor de supermercados, pelo caráter essencial, não foi afetado pelo fechamento integral das portas. Contudo, na análise do presidente da Associação de Supermercados do Triângulo Mineiro (Assuper), José Vicente, os supermercados foram tão prejudicados pela pandemia quanto outros setores.   De acordo com José, os supermercados tiveram que se adaptar às mudanças inéditas de funcionamento, inclusive às compras em datas comemorativas, como a recente Páscoa.    “Eu acho que foi bem menos procurado o supermercado que investiu em linhas completas de bacalhau e ovo de páscoa de marca. A gente sente que as marcas populares foram as que mais venderam. No meu conhecimento, a venda foi menor por causa do valor investido, mas eu acredito que esse ano foi mais difícil. Os produtos mais populares foram os que mais saíram”, afirma José Vicente.   Questionado sobre os lucros durante a pandemia, o presidente da Assuper declara que apesar do senso comum, os supermercados foram tão prejudicados quanto outros comércios, e tiveram que recorrer a uma agilidade ímpar para não sofrer mais.   “Os supermercados foram pegos de surpresa. A gente tinha produto no supermercado que passava um ano inteiro sem subir [de preço]. Quando entrou a pandemia, as pessoas pensaram que ia faltar comida e foram comprar tudo. Depois, o governo pediu para as pessoas ficarem em casa e a mercadoria subiu [de preço]. Muitas vezes não conseguimos repor o estoque que tínhamos. Temos a ilusão de que o supermercado ganhou muito dinheiro, mas vendemos o estoque barato e compramos o estoque caro. Aí não conseguimos repor aquele estoque como tínhamos”, argumentou o presidente.   Além disso, José Vicente revela que a taxa de lucro dos supermercados em cima dos produtos vendidos é de 3%, valor muito abaixo da imaginação da população.

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