CIDADE

Em ato dedicado a enfermeiro vítima de Covid, categoria reivindica melhores condições na linha de frente

Joanna Prata
Publicado em 05/04/2021 às 11:54Atualizado em 19/12/2022 às 04:06
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Enfermeiros e técnicos de enfermagem questionam a falta de apoio da Prefeitura de Uberaba após a morte do enfermeiro Genezio Candido do Nascimento, que atuava na linha de frente do combate à Covid-19 (Foto/Jairo Chagas)

Após o enfermeiro Genezio Candido do Nascimento perder a luta contra a Covid-19 em Uberaba, profissionais da área de enfermagem se reuniram na manhã desta segunda-feira (5) para uma manifestação que recebeu o nome “Ato em respeito ao nosso amigo Genezio e à enfermagem”. Após se reunirem na porta da unidade matricial de saúde Valdemar Hial Junior, os profissionais seguiram rumo ao Hospital das Clínicas da UFTM, onde se reuniram em oração com colegas de profissão.

O ato também levantou questões como as condições de trabalho enfrentadas por técnicos de enfermagem e enfermeiros. Os profissionais alegam que vêm pedindo melhores condições de trabalho desde o ano passado. Entre as questões levantadas pelo movimento está o adicional de insalubridade.

“A gente precisa que isso passe de 20% para 40%, que é um direito do profissional que está atuando na linha de frente da Covid. A gente também está reivindicando a melhora de remuneração para os profissionais que estão trabalhando nos drives durante os finais de semana”, explica a enfermeira Priscilla Amaral.

Segundo Priscilla, os profissionais recebem por hora trabalhada no final de semana o valor pago por hora extra em dias de semana. ”O técnico de enfermagem, a manhã trabalhada dele vale muito pouco. Pra sair de casa, se expor ao risco pra ganhar isso é um absurdo”, opina.

A enfermeira ainda critica o que chama de descaso da Prefeitura de Uberaba após o óbito de Genézio. Ela revela que não houve qualquer apoio financeiro nem suporte para a família fazer o sepultamento do profissional de saúde que atuava na linha de frente da Covid-19. “Nós não ouvimos nem muito obrigado da diretoria de departamento(...), não teve hora nenhuma nenhum tipo de apoio”, lamentou Priscilla.

Ainda segundo a enfermeira, existe a possibilidade de o enfermeiro Genezio ter se infectado no exercício da profissão, quando foi colher material para exame PCR da covid-19. O movimento pretende se encontrar com vereadores durante essa semana para levar a plenário as questões reivindicadas.

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