CIDADE

Matemática prevê pico da pandemia em Uberaba após Páscoa e feriado

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 01/04/2021 às 11:51Atualizado em 19/12/2022 às 04:10
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Em estudo feito pelo Jornal da Manhã, o mês de março foi considerado o pior mês da pandemia de covid-19 em Uberaba, com média diária de óbitos acima de 7. Contudo, a comemoração da Sexta-feira Santa (2) e a Páscoa (4), deve mostrar, logo nos primeiros dias, que o mês de abril pode superar o anterior em todos os pontos de impacto na cidade.

O feriado da Sexta-feira Santa, alongado com a comemoração da Páscoa, no domingo, fará um intervalo de três dias no calendário atual. Com isso, muitas pessoas podem optar por viajar, visitar a família e manter contato com outro grupo fora do convívio pessoal, o que é considerado alto risco para infecção da covid-19, além de ser proibido durante o período de vigência da onda roxa. Em fevereiro, o feriado do carnaval (16) teve uma janela de intervalo semelhante. 

De lá para cá se passaram quase quarenta dias e a pandemia evoluiu bastante. E negativamente. No dia 1º de fevereiro, Uberaba registrava 280 óbitos. No primeiro dia do mês seguinte já eram 355 mortes por Covid-19. Ontem, o derradeiro dia de março, Uberaba chegou à triste marca de 530 mortes por Covid-19, fechando o mês com 175 óbitos registrados no mês. 

A possibilidade de os números continuarem em crescente exponencial é grande.

Em entrevista à Rádio JM, na manhã desta quinta-feira (1º), a matemática da UFTM, e integrante do projeto Observatório Covid-19 Uberaba, Michelli Maldonado afirmou que os indicadores da pandemia na cidade continuam altos, o que garante a curva crescente de óbitos e infecções.

“Estamos em uma situação delicada ainda, com indicadores em alta. Acredito que ainda é cedo para afirmar que já estabilizou, ou que vai aumentar mais. Estamos com variação de 40%, média móvel acima de 150 casos por dia, e todos os indicadores são de alta”, afirma Michelli.

Ainda, questionada sobre o pico da doença nesta segunda onda, a matemática prevê o cume na segunda quinzena de abril, após a Páscoa e o feriado da Sexta-feira Santa.  

“Quando a gente fala do pico, precisa acontecer para ser efetivado. Cada dia é um novo elemento no conjunto de dados, cada dia tem coisas novas, e isso pode interferir na projeção. Hoje, a projeção é na segunda quinzena de abril, mas isso tudo depende do nosso comportamento. O nosso comportamento vai dizer se o pico será em abril ou se já estamos passando por ele”, finaliza Michelli Maldonado.

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