CIDADE

Quaresma este ano não aumentou consumo de ovos e peixes em Uberaba

Joanna Prata
Publicado em 31/03/2021 às 06:24Atualizado em 19/12/2022 às 04:14
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Em relação ao ano passado, as vendas de pescados apresentaram queda de 30% (Foto/Jairo Chagas)

O período da Quaresma costuma ser a melhor época do ano para a venda de peixes e ovos. Porém, este ano a venda de pescados teve queda, se comparado com o ano passado. Segundo Arlete Rosa Carrijo Ferreira, proprietária de peixaria no Mercado Municipal, houve queda de 30% nas vendas. Já os ovos, que são a principal alternativa no consumo de proteínas, não tiveram o aumento nas vendas esperado para esse período, conforme relatou Rodrigo Ferreira, criador de galinhas poedeiras em Uberaba.

A queda nas vendas de pescado é justificada não só pelo momento da pandemia. “Diminuiu um pouco o pessoal que tem mais a tradição de comer peixe durante a Quaresma inteira; acaba sendo um pessoal de mais idade, que ficou mais no isolamento”, relatou Arlete. Segundo ela, os clientes gostam de ir à peixaria escolher os produtos. “O pessoal que tem mais idade tem respeitado mais as normas da pandemia, então, vem gradualmente”, diz. Segundo Arlete, os pescados que estão saindo mais em conta são o cascudo e a dourada. O preço do bacalhau, que é o mais procurado, teve pouca alta neste ano se comparado com o ano passado e pode ser encontrado a partir de R$60,00 o quilo. Arlete relatou a expectativa com a chegada da sexta-feira da Paixão e da Páscoa, momento em que as vendas aumentam.

Já os ovos têm tido seguidas altas de preços desde fevereiro, impulsionadas pelo alto custo de produção. Os insumos utilizados na alimentação das galinhas poedeiras, como milho e soja, alcançaram preços recordes por causa da variação cambial do dólar. “O preço da saca de milho este ano é de R$86,00, sendo que no ano passado o valor da saca era de R$38,00”, informou Rodrigo. Para o granjeiro, a Quaresma deste ano não apresentou nenhum resultado significativo. “As altas que tiveram na Quaresma foram sazonais. Quando foram anunciadas as restrições naquela semana, o consumo foi muito bom. Esta Semana Santa não está nada fora do comum”, analisa. Segundo Rodrigo, na Quaresma do ano passado os resultados foram bem satisfatórios: “no ano passado, os insumos não tinham disparado de preço, havia estabilidade; agora está tudo muito instável”, finalizou.

Márcia Isabel de Almeida segue a tradição católica de não consumir carne vermelha durante o período da Quaresma e relatou que sentiu bastante o aumento do preço dos ovos. A alimentação dela e da família nesse período é composta por peixe, ovos, legumes e verduras. “Às vezes, a gente vai na sardinha, que é mais barata”, contou Márcia.

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