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Superintendente Regional de Saúde, Maurício Ferreira, esclarece lentidão do processo de distribuição de vacinas
O processo de vacinação contra a covid-19 no Brasil segue em temperatura baixa. Os governos estaduais, por meio das Superintendências Regionais de Saúde (SRS), continuam trabalhando na elaboração de maneiras mais eficazes de recepção e distribuição das doses aos municípios. Na avaliação do superintendente Maurício Ferreira, a liberação dos imunizantes em Minas Gerais é prejudicada pelo excesso de atores necessários para realizar o transporte.
Em entrevista à Rádio JM na manhã deste sábado (6), o Superintendente Regional de Saúde da região de Uberaba, Maurício Ferreira, avaliou que a distribuição de vacinas em ritmo lento se dá pelo alto risco de extravio das doses, que exige grande mobilização de agentes.
“Eu entendo que o processo está moroso em vista da fragilidade do sistema. Ainda precisamos de escolta policial para conduzir vacinas pelo estado, e isso é um absurdo, morar em um estado onde o risco de roubar vacinas é iminente. Então a mobilização é muito grande, precisamos de agenda com os agentes policiais e servidores estaduais, por exemplo. São muitos atores envolvidos em uma ação que deveria ser mais ágil”, avalia Maurício.
Além disso, a lentidão pode ser explicada pela dificuldade de contagem e catalogação de todas as doses. Na análise de Maurício Ferreira, qualquer erro pode ser fatal.
“O risco de erro nessa contagem é muito grande. Quando chega [a remessa], já fazem divisões e separações, então existe possibilidade de erro. Eu uso sempre a frase 'churrasco com dois churrasqueiros, a carne queima'. É muita gente mexendo no mesmo produto, e fazer a conferência disso é complicadíssimo”, finaliza o Superintendente.