CIDADE

Infectologista faz alerta sobre "tratamentos precoces" da covid-19

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 04/03/2021 às 12:02Atualizado em 18/12/2022 às 12:34
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A divulgação de medicamentos e tratamentos precoces para possível prevenção à covid-19 começou no início da pandemia e perdura até hoje, com mais de um ano desde o primeiro caso confirmado no Brasil. Contudo, as indicações são ineficazes e aleatórias, na avaliação da médica infectologista Cristina Hueb Barata em entrevista à Rádio JM na manhã desta quinta-feira, 4.

Questionada por um leitor sobre a possibilidade de criação de ambulatórios para tratamento precoce com hidroxicloroquina e outros medicamentos, Cristina declarou não acreditar na eficiência deste tipo de prevenção.

“Eu sou muito cética em relação à profilaxia com medidas preventivas tomadas sem acompanhamento médico. Sobre usar um medicamento para evitar a contaminação com covid, eu não fui convencida por estudos. O tratamento precoce tem alguns estudos, e talvez alguns medicamentos a serem desenvolvidos. Porém, depois de 1 ou 2 meses, você ter que convencer as pessoas a tomarem remédios sem ter a eficácia comprovada é complicado”, avalia a médica.

Ainda sobre a eficiência da hidroxicloroquina, amplamente defendida pelo presidente da República Jair Bolsonaro, a infectologista revelou casos de pacientes que faziam uso crônico do medicamento.

“A hidroxicloroquina nós usamos há vários anos nas doenças do sistema articular. Inclusive, eu já tive 5 pacientes usuários crônicos de hidroxicloroquina e todos foram infectados. A melhor profilaxia é você ter todas as suas doenças existentes sob controle, ter ritmo de vida saudável, e se ater às medidas de prevenção”, reforça Cristina Barata.

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