Motoristas fazem ato contra aumentos dos combustíveis

Daniela Brito

Publicado em 19/02/2021 às 06:46Atualizado em 19/12/2022 às 04:38

Motoristas de aplicativos de transporte continuam mobilizados contra o valor dos combustíveis em Uberaba. O alto preço inviabiliza o trabalho dos profissionais. Na manhã desta sexta-feira (19), um novo ato ocorreu em frente ao posto Space, localizado em frente à UPA do Mirante, na avenida Leopoldino de Oliveira. Outro protesto, simultâneo, aconteceu em posto de combustível localizado no cruzamento da avenida Carlos Rodrigues da Cunha, com Prudente de Morais. Já a primeira manifestação foi realizada na noite de quinta-feira (18) em posto localizado na avenida Deputado José Marcus Cherém.

Mais uma vez, durante toda manhã, os motoristas abasteceram R$ 1 e solicitaram nota fiscal. Uma grande fila chegou a se formar no primeiro posto, reunindo mais de 200 veículos.

De acordo com uma das líderes do movimento, Elaine da Silva Dahdah, o protesto vai continuar até que ocorra a redução dos valores dos combustíveis. “Não há data para terminar”, ressalta.

Segundo ela, os profissionais estão sem condições de trabalhar, por conta dos valores abusivos praticados em Uberaba. “Estamos pagando para trabalhar com os preços dos combustíveis”, dispara. Somente essa semana houve dois reajustes e, segundo consta, um novo aumento deve ocorrer nos próximos dias. Eliane Dahdah também faz um comparativo dos preços praticados em Uberaba. Enquanto o litro do etanol é vendido a R$ 3,49 na cidade, em Uberlândia, é R$ 2,90. O valor é ainda menor em Igarapava (SP), município localizado a 41 quilômetros de Uberaba, onde o etanol está R$ 2,79 o litro. “Não podemos admitir essa abusividade. Vamos acabar com este cartel de Uberaba”, diz.

Ela também conclama a população em apoiar o movimento, indo aos postos e abastecendo R$ 1 e exigindo a nota fiscal. “Estamos todos cansados e precisamos de apoio de toda sociedade”, diz.

Novos atos estão programados para acontecer em outros postos de combustível, sem data para terminar. “E assim vamos continuar até que os preços sejam reduzidos efetivamente”, finaliza.