CIDADE

Arrematante desiste de comprar imóvel da Copervale na BR-262

Decisão foi justificada pelo ex-comprador sob argumento de que houve alteração de algumas datas ajustadas no edital do leilão judicial

Daniela Brito
Publicado em 28/11/2020 às 14:16Atualizado em 18/12/2022 às 11:01
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Foto/Jairo Chagas

Imóvel da antiga Copervale à margem da BR-262 permanece em estado de abandono e deve ser colocado à venda no próximo leilão como área urbanizável 

Mais um capítulo envolvendo a extinta Copervale. O arrematante da área localizada à margem da BR-262, em leilão realizado pela GP Leilões, desistiu da compra. A desistência, inclusive, foi formalizada nos autos do processo, em tramitação na Vara de Concordata, Registro Civil e Execuções Fiscais da Comarca de Uberaba.  A área, de mais de 80 mil metros quadrados, tinha sido arrematada após receber um único lance com o valor mínimo de R$8.988.363,92.

A empresa responsável pela arrematação do complexo industrial - a Nova Fonte Engenharia - alegou que não tem interesse em manter os lances devido a alteração de algumas datas ajustadas no edital do leilão judicial. No entanto, ainda não há manifestação judicial sobre o cancelamento formal do leilão.

Por outro lado, os outros arremates foram confirmados pelos compradores. Entre eles está um terreno com aproximadamente 5.478m², no Parque das Gameleiras 1, que também faz parte da massa falida da Copervale, arrematado por pouco mais de R$395 mil pela Star Participações e Empreendimentos.

À espera do acerto trabalhista há tempos, credor lamenta a decisão

Um dos credores da Copervale, Luiz Roberto Rodrigues da Cunha, lamenta a situação. Segundo ele, ex-funcionários aguardam há anos para receber os passivos trabalhistas. “Muitos até já morreram esperando este acerto”, diz o representante comercial, que teve seu vínculo empregatício reconhecido judicialmente, após trabalhar de 1980 a 2013 na cooperativa.

Aos 68 anos, ele aguarda o recebimento de cerca de R$200 mil em verbas trabalhistas. “Mas, agora, com um novo cancelamento do leilão, não há expectativa de recebimento”, completa.

Luiz Roberto também informa que um novo leilão judicial pode ocorrer somente em 2021.  “Até quando vamos esperar”, questiona. Conforme revela, o complexo industrial está totalmente sucateado e deve ser levado a leilão, na próxima vez, como área urbanizável.

Procurada pela reportagem, a administradora judicial da massa falida da Copervale, Elizete Seixlack, não se posicionou sobre o assunto, reforçando que o juiz ainda não se manifestou no processo para formalizar o cancelamento do leilão. A reportagem consultou o andamento processual e confirmou que os autos estão conclusos na mesa do juiz João Rodrigues Neto. 

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