CIDADE

Associação de Pais revela pretensão de assumir a gestão do José Ferreira

Daniela Brito
Publicado em 23/10/2020 às 19:40Atualizado em 18/12/2022 às 10:32
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Foto/Jairo Chagas

Nesta semana a prefeitura decretou a declaração de Utilidade Pública de Interesse Social do Colégio Dr. José Ferreira 

Com a Declaração de Utilidade Pública de Interesse Social, a Associação de Pais, Mestres e Ex-Alunos do Zezão (APMZ) pretende assumir a gestão do Colégio Dr. José Ferreira. A iniciativa tem por objetivo resguardar o patrimônio da tradicional escola, referência de ensino na cidade, dos problemas financeiros enfrentados pela Rede Cnec (Campanha Nacional das Escolas da Comunidade). 

Conforme Marco Aurélio Luiz da Costa, presidente da APMZ, a nova gestão, se viabilizada, terá a participação de pais, ex-professores e o antigo diretor, Danival Roberto Alves. A proposta prevê que 20% do total de vagas sejam disponibilizadas por meio de bolsas integrais para a comunidade.

Marco Aurélio diz que todas as declarações do diretor Marcel Piantkoski não são verdadeiras, já que há graves problemas financeiros enfrentados pela Rede Cnec. Diz ainda que o mesmo sequer tem autonomia para falar pela Mantenedora.

Conforme revela, a Rede Cnec responde a diversas ações judiciais, com penhora de bens da ordem de R$100 milhões com multas milionárias de R$70 mil por dia, por falta de pagamento de salários. O presidente da APMZ revela ainda que entre os bens penhorados está o Centro Cultural Cenecista Joubert de Carvalho.

Ele diz que pesquisa aponta que 75% dos pais podem não matricular os filhos em 2021. “Hoje, a atual mantenedora não tem a credibilidade dos pais”, informa o presidente da associação, que acredita que as matrículas para o próximo ano têm apenas como objetivo manter a receita da instituição, que já está com a qualidade de ensino prejudicada. 

Neste sentido, Marco Aurélio assegura que a Declaração de Utilidade Pública de Interesse Social deve preservar o imóvel e proteger todos os bens ali existentes, assim como os demais patrimônios da instituição, que englobam o Parque Gráfico e o Sistema de Ensino. Por outro lado, o presidente da APMZ assegura que está aberto ao diálogo, visto que a proposta visa resguardar a instituição e assegurar a qualidade de ensino. Diretor diz que não há motivo para a comunidade escolar se preocupar

Diretor do Colégio Dr. José Ferreira, Marcelo Piantkoski assegura que as atividades educacionais estão mantidas para 2021. Segundo ele, não há qualquer motivo para a comunidade escolar se preocupar quanto a um suposto encerramento das atividades. “É um colégio pujante, de referência, com 66 anos de história e que sempre contribuiu muito com a cidade de Uberaba”, afirma.

Ele diz que o decreto de Utilidade Pública de Interesse Social causa muita estranheza, tendo em vista que a instituição está em plena atividade, possui equilíbrio financeiro sendo, inclusive, um colégio superavitário da rede Cnec, além de estar com salários dos professores e funcionários em dia. “Hoje, a instituição conta com grande infraestrutura para atender mais de 1,5 mil alunos, além de excelente projeto pedagógico e bons resultados acadêmicos”, coloca. Para o diretor, toda a situação envolvendo o decreto gera instabilidade para pais e alunos, já que as matrículas para o próximo ano letivo já estão abertas e, diante da informação, as famílias ficam inseguras em manter os filhos na instituição. Marcelo informa ainda que o Decreto de Utilidade Pública de Interesse Social não tem nenhum fundamento jurídico.

Além disso, Marcelo Piantkoski ressalta que por duas vezes este ano, todas as informações envolvendo o Colégio Dr. José Ferreira foram prestadas para o prefeito Paulo Piau e o procurador do Município, Paulo Salge.

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