CIDADE

Seds flagra 27 casos de trabalho infantil nos semáforos da cidade

Por se tratar de violação de direito, o caso é comunicado ao Conselho Tutelar e pode desaguar no Ministério Público

Daniela Brito
Publicado em 19/10/2020 às 18:18Atualizado em 18/12/2022 às 10:24
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Foto/Reprodução 

Cena que tem se tornado comum em Uberaba, mas que o Departamento de Proteção Social está atento

A crise econômica ocasionada pela pandemia faz crescer consideravelmente o número de pessoas em situação de rua em Uberaba. O problema se agrava tendo em vista que grande parte deste público é de crianças e adolescentes. Para reverter este cenário, a Secretaria de Desenvolvimento Social intensificou a abordagem social. 

De acordo com a chefe do Departamento de Proteção Social Especial da Seds, Cláudia Cristina da Silva, este trabalho já constatou 27 ocorrências de trabalho infantil. Em todas as situações, a criança é encaminhada à família, que é cadastrada junto ao Cras (Centro de Referência de Assistência Social). A ocorrência também gera notificação ao Conselho Tutelar para a tomada de providências e, persistindo, pode desaguar no Ministério Público. “É uma violação de direitos”, diz.

Além disso, o trabalho de abordagem social segue monitorando os principais pontos onde vem sendo constatada a presença de pessoas em situação de vulnerabilidade, principalmente em relação às crianças e adolescentes. “Pedimos para que as pessoas nos acionem quando flagrarem esse tipo de ocorrência”, recomenda. 

Cláudia Cristina informa que houve aumento do número de vagas para acolhimento de pessoas em situação de rua, que passou de 90 para 158, por meio de financiamento da Seds com sete instituições assistenciais para atender este público de forma provisória, durante a pandemia. 

Porém, ela também revela que Uberaba vem recebendo muitos imigrantes itinerantes. No sábado, por exemplo, 14 venezuelanos – entre homens, mulheres e crianças -, foram deixados na rodoviária, vindos de Patrocínio, e tentam seguir para São Paulo. “Eles não quiseram acolhimento, estão em pensões próximas à rodoviária, mas sabemos que vão para o semáforo”, diz. 

Cláudia Cristina também recomenda que as pessoas ajudem institucionalmente e não diretamente nas ruas, para não agravar a situação.

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