CIDADE

Sinpro classifica como retrocesso decreto que recria a escola especial

Daniela Brito
Publicado em 07/10/2020 às 19:37Atualizado em 18/12/2022 às 10:05
Compartilhar

Diretor do Sinpro-MG (Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais) em Uberaba, Marcos Gennari Mariano, aponta como retrocesso o decreto federal (nº 10.502) que muda a atual política de inclusão educacional e recria a escola especial. Segundo ele, a nova a proposta cria segregação no atendimento educacional especializado ao estabelecer espaços isolados para estudantes com deficiência.

Além disso, a medida fere a Lei Brasileira de Inclusão e a Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa Deficiente, assinada por 160 países, em 2007, incluindo o Brasil.

Para o dirigente sindical, a nova política abre margem para que as escolas regulares - que vinham atendendo há mais de duas décadas os alunos portadores de deficiência - se eximam de adotar medidas para a inclusão desses alunos, “lavando as mãos” e os “empurrando” para as escolas especiais.

Marcos Gennari diz que a verdadeira inclusão é aquela em que o aluno com deficiência tem a oportunidade de conviver, de se expressar e de aprender num estabelecimento de ensino que inclua todos, sem discriminação. “De mãos dadas, com muito diálogo. Ativistas, entidades e pessoas com deficiência vão resistir a mais esse retrocesso”, lamenta. 

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por