Piau solicita a GMs que evitem julgamento precipitado no atendimento a ocorrências

Em lançamento ontem de aplicativo para socorro de vítimas de violência doméstica, o prefeito Paulo Piau (MDB) solicitou a guardas municipais que evitem julgamentos precitados no atendimento a ocorrências e criticou postura da Polícia Federal em operação que resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão no Centro Administrativo.

Deflagrada em junho, a operação da PF investiga uso de “laranjas” em subcontratações de serviços de limpeza urbana para desvio de recursos públicos. Denúncias de superfaturamento, fraude à licitação, falsidade ideológica e corrupção ativa e passiva estão sendo apuradas. Ninguém foi preso até o momento, mas o caso trouxe desgaste para o governo municipal e voltou à tona por adversários políticos com a proximidade do processo eleitoral.

Ao se dirigir aos guardas municipais sobre o atendimento das denúncias por violência doméstica, Piau manifestou que o efetivo precisa “tomar todos os cuidados para que pessoas não sejam condenadas sem direito de defesa” e emendou o discurso com críticas à postura da Polícia Federal durante a operação Monturo, citada de forma recorrente nas redes sociais por pessoas contrárias ao governo. “Me desculpem, mas a vinda da Polícia Federal na Prefeitura foi uma ação inadequada, indevida e desnecessária”, disse.

No pronunciamento, o chefe do Executivo ainda declarou que não havia necessidade de entrar no Centro Administrativo e defendeu que a Prefeitura é um “órgão público soberano”, que deve ser respeitado. Por fim, ele encerrou e pediu novamente aos guardas que sejam cautelosos para assegurar que as pessoas não serão injustiçadas durante o atendimento de denúncias de violência doméstica.