CIDADE

Moradores do Capão da Onça sofrem com seca; comunidade ainda não tem água potável

Prefeito de Veríssimo afirmou que obras já foram feitas, mas que a Copasa atrasou o cronograma de ligamento

Raiane Duarte
Publicado em 10/09/2020 às 15:38Atualizado em 18/12/2022 às 09:21
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Imagens/Moradores

A falta de água potável e tratamento de esgoto pode parecer uma realidade distante, contudo, para os moradores do Capão da Onça, a situação é real e incomoda. Comunidade de Rufinópolis, que é popularmente conhecida como Capão da Onça, localizada no município de Veríssimo - cerca de 50km de Uberaba - sofre com falta de água nas torneiras. O município pontuou que as obras já foram feitas, mas que a companhia de água ainda não cumpriu o cronograma.

Edvaldo Ranucci, que é proprietário de uma casa no local, entrou em contato com a reportagem do JM Online para contar como anda a situação, que piorou com a seca atual. “O povo está sofrendo com a falta d’água, não tem um pingo de água na torneira. O poder público não fala nada e a Copasa também não. É um descaso, falta de consideração!”, acusou.

“Nunca houve água tratada, nunca houve esgoto, saneamento, nada disso. O pessoal sempre captava água de um córrego, fizeram uma represa para usar, mas no período de estiagem, de seca, falta água. Há mais de 3 anos, um até deputado destinou uma verba, não sei se foi para o município ou para a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Só sei que foi assinado um convênio, entre a Copasa e o município”, explicou Edvaldo. 

O morador também afirmou que a comunidade se vira como pode, e conta com o auxílio uns dos outros para ter acesso à água. “Eu tenho cisterna, quem não tem até usa a minha água e não tem problema, porque água é vida”, justificou. 

A reportagem entrou em contato com o Prefeito de Veríssimo, Luiz Carlos da Silva para verificar como anda a situação. Luiz Carlos afirmou que as obras já foram feitas e que falta a Copasa ligar o sistema. “A estrutura já foi feita, os canos, poços artesianos, vazão das bombas, só que eles (Copasa) estão atrasados com o cronograma”. 

"Temos um convênio com a Copasa e o tratamento da água é deles, para eles fazerem. O contrato já está vencido e eu estou cobrando. A Copasa me deu uma satisfação hoje (10), de que até o final do mês vai estar ligando todos os hidrômetros e a água vai ser tratada. Eles não vão cobrar o serviço até o final do ano, só a partir de janeiro”, pontuou. 

O prefeito ainda apontou que houve aumento de demanda, pois a população local cresceu e além deles, especialmente nos finais de semana, muitas pessoas que possuem casa na comunidade, inclusive de Uberaba, vão para lá. Luiz Carlos ainda complementou que agora a responsabilidade é da Copasa, mas que ele segue pressionando a companhia. 

A reportagem entrou em contato com a assessoria Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e solicitou um posicionamento sobre a questão. Até o fechamento desta edição, não havia obtido resposta. Também foi feito contato via ligação pelos telefones disponibilizados para a imprensa, mas sem sucesso. Espaço segue aberto para manifestação. 

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