Trabalhadores de Uberaba aderem à greve nacional dos Correios

Funcionários dos Correios entraram em greve nesta terça-feira (18) por tempo indeterminado em todo país. A paralisação ocorre em protesto contra retirada de direitos, privatização e falta de medidas para proteger empregados da pandemia. A greve é comandada pela Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios, Telégrafos e Similares), que reúne 36 sindicatos. O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares de Uberaba e Região (Sintect-Ura) aderiu à mobilização nacional.

Logo pela manhã, alguns poucos funcionários estiveram parados em protesto diante da agência central, na Praça Henrique Krugger. Hoje, os Correios contam com aproximadamente 1.600 funcionários em Uberaba.

De acordo com o presidente do Sintect-URA, Antônio Manuel Mendes, a greve é um repúdio à falta de negociação e aos atos de negligência praticados contra a categoria. Conforme lembra, a empresa não apresentou nenhuma contraproposta à pauta de negociações e não cumpre as medidas mínimas de segurança à saúde do trabalhador em meio à pandemia – que tiveram de ser asseguradas por força judicial. Ao mesmo tempo, os Correios registram lucros, com o comércio eletrônico e a entrega de encomendas.

E mais: desde o dia primeiro de agosto, data-base da categoria, a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) revogou o atual acordo coletivo, que tem vigência até 2021, excluindo 70 cláusulas do atual acordo coletivo como licença-maternidade de 180 dias, pagamento de adicional noturno, horas extras, indenização por morte, entre outros.

Em nota, os Correios informaram ter um plano de continuidade de negócios para manter o atendimento à população em qualquer situação adversa. A estatal informou que o objetivo primordial “é cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, de forma a retomar a capacidade de investimento e sua estabilidade, e manter os empregos dos funcionários”.