Comerciantes sofrem prejuízos com o baixo movimento da rodoviária

Jairo Chagas

Poucas empresas estão utilizando o terminal rodoviário, e as que param impedem os passageiros de descer, seguindo também para posto de combustíveis à margem da BR-050

Reaberto na segunda-feira (6), o terminal rodoviário de Uberaba não vem registrando significativo fluxo de passageiros. O problema deixa os comerciantes apreensivos, visto que, depois de um longo período com os estabelecimentos fechados, continuam amargando prejuízos.

De acordo com comerciante ouvido pela reportagem, que prefere ter o nome preservado, as medidas de restrição contribuem com o movimento fraco, visto que há apenas uma porta de entrada e outra de saída. A situação complica a condição financeira dos comerciantes, que têm várias despesas para manter os estabelecimentos, como aluguéis e taxas. “Seria bem melhor não reabrir”, diz.

Outro problema é quanto às empresas de ônibus que não estão parando na rodoviária. Segundo informações, elas receberam atrativos para parar em posto localizado à margem da BR-050. “Isso prejudica muito a rodoviária”, informa. Além disso, as poucas empresas que param no terminal para deixar e pegar passageiros em trânsito proíbem os viajantes de descerem para se alimentar e os levam para o posto na 050.

Outra comerciante, que também pede para não ser identificada, diz que procurou a concessionária do terminal, a Ubercon, mas não houve nenhum posicionamento. “Estamos abandonados”, lamenta. Ela também informa que, embora a concessionária esteja seguindo as medidas sanitárias, a limpeza ainda está aquém do que deveria. “Sequer há álcool em gel disponível”, diz.

Concessionária diz que solicitou fiscalização de paradas clandestinas à PMU e ao DER-MG

A Ubercon segue à risca todas as medidas sanitárias para cumprir o decreto municipal que define as regras de enfrentamento à Covid-19. A informação é da administradora do terminal, Rosa Eli Cardoso. Segundo ela, a limpeza é eficiente e feita constantemente em todo espaço, como saguão, banheiros e corrimãos, com a disponibilização de álcool em gel acessível a todos.

Ela também informa que solicitou que a Prefeitura fiscalize empresas para evitar embarque e desembarque fora da rodoviária. Solicitações semelhantes foram encaminhadas à Agência Nacional de Trânsito e Transportes (ANTT) e ao Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais. (DER-MG).

A administradora avalia que o momento é complicado, pois as pessoas estão inseguras para viajar e isso compromete o fluxo de passageiros. “É uma batalha. Reconhecemos as dificuldades e estamos trabalhando com muita responsabilidade, fazendo de tudo para atrair clientes e para que as empresas parem no terminal”, finaliza.