CIDADE

Preços dos combustíveis voltam a subir em Uberaba

O aplicativo Preço Bomba vira alvo de reclamações de motoristas, que relatam ter que fornecer muitos dados

Michelle Rosa / Carol Rodrigues
Publicado em 26/05/2020 às 17:04Atualizado em 18/12/2022 às 06:35
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Foto/Leitor JM

Em um dos postos de Uberaba, o valor do litro de etanol custa R$ 2,79. 

Quem aproveitou os dias de combustíveis mais em conta, aproveitou. Quem não, agora já não pode aproveitar mais. Os preços dos combustíveis nos postos de Uberaba foram reajustados nesta tarde e os valores subiram consideravelmente. Quando o preço da gasolina subiu nas refinarias, o .

Há pouco tempo atrás alguns postos comercializavam o etanol abaixo de R$ 2 por litro. Agora já tem posto cobrando quase R$ 3 por litro. Alair Rocha Júnior está no mercado há 12 anos e acredita que o mercado melhore. De acordo com ele a pauta relacionada ao etanol deve mudar em junho. “Com a pandemia, veio baixa circulação de veículos, ficamos com os mesmos gastos e lucro quase zero, agora estamos na esperança de recuperação do mercado”, destaca. 

André Martins, também empresário do setor, acredita em uma recuperação gradual. “Acreditamos em uma recuperação de 5% bem gradual nos próximos meses. À medida que as pessoas vão aumentando a confiança em voltar às suas rotinas, o setor também vai evoluindo”, analisa.

Os preços praticados em Uberaba para o etanol estão variando de R$ 2,10 a R$ 2,79; já para gasolina de R$ 4,11 a R$ 4,30.

Diante das altas, o aplicativo Preço Bomba poderia ser um grande aliado do motorista, mas muitos questionam a eficácia da plataforma, que dispõe muitos preços desatualizados. O presidente da instituição, Marcelo Venturoso, informa que o aplicativo é atualizado semanalmente a partir de pesquisa realizada pelo Procon. "Nesse caso, pode acontecer de os postos aumentarem o preço após a realização da pesquisa, seja para mais ou para menos, o que pode dar essa incompatibilidade do preço da bomba com o preço do aplicativo", esclarece, pontuando que o Preço Bomba é uma forma de dar publicidade a pesquisa do Procon.

Além do órgão, há usuários cadastrados e autorizados pela Codiub a abastecer a ferramenta. Postos também podem atualizar o aplicativo. Para Venturoso, a adesão voluntária de todos os fornecedores seria o ideal para a ferramenta estar sempre atualizada. 

Além disso, leitores do Jornal da Manhã estão revoltados com a quantidade de informações que são obrigados a prestar para se cadastrar no aplicativo. “Só faltou querer saber sua opção Sexual, sua religião. Absurdo. É uma invasão de privacidade”, manifesta. “Se a intenção é ajudar o consumidor a pesquisar o preço, basta disponibilizar o aplicativo e pronto”, acrescenta.

O presidente da Companhia de Desenvolvimento de Informática de Uberaba (Codiub), jornalista Dênis Silva, discorda. Ele explica que “é importante ter os dados, visto que o sistema está migrando para uma possibilidade de até mesmo o consumidor, num segundo momento, previamente cadastrado, poder alimentar o sistema.” 

Também esclarece que os dados são sigilosos, sendo armazenados de forma segura em base de dados. Segundo ele, dos 12 mil downloads do aplicativo, apenas uma ou duas pessoas entraram em contato para questionar a exigência dos dados, sendo respondidas. 

Silva ainda pontua que, a partir de agosto, o CPF não poderá ser mais exigido, conforme Lei Geral de Proteção de Dados. “Lembrando que a Codiub é governo e tem responsabilidade quanto a proteção de dados das pessoas, mas isso deve alterar a partir de agosto, por conta dessa lei. No princípio, era o que foi colocado na migração do sistema numa segunda fase”, aponta.

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