CIDADE

Comerciantes sugerem entrada controlada de clientes em estabelecimentos

Para o gerente de uma rede de eletrodomésticos, o ideal seria um cliente para cada vendedor

Carol Rodrigues
Publicado em 27/04/2020 às 09:27Atualizado em 18/12/2022 às 05:55
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Após publicação do decreto que permite reabertura do comércio com restrições, comerciantes comemoram retomada das vendas - mesmo que em menor grau. Alguns sugerem a entrada reduzida de clientes no estabelecimento para facilitar a comercialização.

Em uma rede de vestuário na avenida Leopoldino de Oliveira, os vendedores levam até a porta o máximo de peças parecidas com a que o cliente está procurando. Como a loja não pode investir em aplicativos de venda nem comercializar consignado, a gerente comemora a abertura parcial, embora o movimento esteja bem abaixo do normal, com cerca de dois clientes apenas esperando atendimento.

“Como não tem como o cliente experimentar, estamos dando 15 dias de troca até para roupas de promoção, o que antes não fazíamos”, conta a gerente Carla Thalita Pereira. “Se entrasse cliente, seria melhor”, pontua.

O gerente de uma rede de eletrodomésticos na rua Vigário Silva tem uma sugestão parecida: a de permitir que cada atendente de venda receba um cliente por vez no interior da loja.

“Agilizaria muito, até mesmo porque temos que levar o produto na porta e às vezes não é aquilo que o cliente quer. Depois ainda precisamos fazer a simulação no computador”, relata João Custódio Rodrigues de Oliveira.

João e os demais funcionários se surpreenderam com o movimento positivo no início desta semana após a publicação do decreto, embora na quinta-feira (23) a procura tenha reduzido. “Qualquer dinheiro que entra é positivo”, pondera.

Na loja em que trabalha, duas portas foram destinadas para o atendimento e a outra ficou por conta do pagamento. Produtos menores - como ventilador, celular e ferro de passar roupa - são levados até a porta para o cliente escolher. Já os maiores costumam ser mostrados por fotos. O lojista, no entanto, alerta que muitas pessoas têm levado a família para a compra, causando aglomeração na fila.

Na avenida Prudente de Morais, o desafio em uma loja de presentes e artigos de papelaria é fazer com que os clientes respeitem o distanciamento mínimo na fila, identifica a gerente de vendas Luciana Barcelos.

Segundo Barcelos, a espera na porta não tem passado de cinco minutos. Muitos dos clientes vão apenas retirar o produto, já que receberam fotos do item previamente por aplicativos de mensagem ou ainda ligaram na loja para conferir se havia o produto.

O restante escolhe o produto na porta do estabelecimento mesmo. “Não deixamos entrar de jeito nenhum. Alguns até reclamam, mas não deixam de levar por conta disso.” O estabelecimento disponibiliza álcool em gel em uma mesa, ressalta a entrevistada. “Alguns nem compram, mas passam e usam”, brinca ela.

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