CIDADE

Sindicato estima 15 mil demissões na cidade por causa da pandemia

Levantamento da representação dos contabilistas em Uberaba prevê que mais demissões podem ocorrer com o fim das férias que foram antecipadas

Daniela Brito
Publicado em 23/04/2020 às 07:45Atualizado em 18/12/2022 às 05:46
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Uberaba pode contabilizar aproximadamente 15 mil demissões decorrentes da pandemia, conforme projeção do Sindicato dos Contabilistas (Sindicont). A estimativa leva em consideração o início do isolamento social até a última quinta-feira (16).

De acordo com presidente do Sindicont, Marco Antônio de Oliveira, o levantamento foi baseado em informações apuradas junto aos escritórios de contabilidade, que atendem grande parte das empresas uberabenses. Além disso, ele diz que os números não são oficiais, tendo em vista que desde janeiro está extinto o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “É uma estimativa decorrente de uma pesquisa que realizamos junto aos escritórios.”

O desemprego pode crescer em abril, segundo o dirigente. Conforme explica, muitas empresas, no início das medidas de prevenção ao coronavírus, anteciparam as férias dos trabalhadores, e o período de trinta dias para gozá-las está se encerrando e, quando os mesmos retornarem às atividades, é possível que ocorram mais demissões.

Marco Antônio revela ainda uma projeção de oito mil cargos que tiveram os contratos suspensos ou ocorreu o corte da jornada de trabalho e salário, com base na Medida Provisória 936/20, que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda. Estima-se que 30% destes números é decorrente de suspensão de contrato de trabalho – que pode variar entre 30 e 60 dias. O índice representa 2.400 trabalhadores. Outros 70% decorrem de cortes de jornada de trabalho/salário, que atingem 5.600 trabalhadores.

O representante do Conselho Regional de Administração de Minas Gerais, Karim Abud Mauad, se diz assustado com os números de desemprego, que acreditava ser menores. Para ele, uma nova ordem econômica vai surgir após a pandemia. Ele diz que o governo vem tomando medidas para manter a economia, visando à liquidez de mercado, mas ainda não são tão eficazes. O auxílio emergencial será concedido a 25 milhões de pessoas, de um universo de 30 milhões de cadastros. “É uma extensa folha de pagamento”, avalia. Karim Abud Mauad também diz que os empresários devem utilizar todos os recursos que vêm sendo oferecidos para que sejam postergados os impactos da crise econômica gerada pela Covid-19.

 

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