Prefeitura pode recuar em reabertura do comércio caso empresas não cumpram exigências

Arquivo JM

Segundo o secretário Iraci Neto, a autorização para a abertura das portas não poderá ser aplicada a todos os comércio; os do Calçadão, por exemplo, não têm como controlar o distanciamento obrigatório

Reabertura do comércio a partir da próxima semana pode ser cancelada se lojas não seguirem as determinações estabelecidas pela Prefeitura para funcionamento. A declaração é do secretário municipal de Saúde, Iraci Neto, que concedeu entrevista nesta quarta-feira (8) à Rádio JM e reforçou que os cuidados precisam ser mantidos para conter a propagação do coronavírus.

O titular da pasta avalia que Uberaba está em uma condição mais estável em comparação a outras cidades, mas continua em apreensão. Por isso, não é possível relaxar as medidas de distanciamento agora. “O decreto não afrouxa o combate e controle ao coronavírus.”, argumenta.

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Conforme o secretário, a fiscalização será severa a partir deste momento e a equipe nas ruas cobrará o cumprimento integral das exigências para o funcionamento de lojas no comércio e também para o atendimento no setor de serviços. “Queremos dar a possibilidade para a movimentação da economia, mas será necessário atender os critérios estabelecidos ou não vamos ter sucesso na proteção das pessoas contra o vírus. As empresas têm que se enquadrar em 100% das normas para operar”, manifesta.

Iraci ainda salienta que as regras previstas não viabilizam a reabertura de todos os segmentos. Ele cita, por exemplo, que lojas de tecidos e de confecções não teriam como assegurar cumprir os critérios. O mesmo, segundo ele, valeria para as lojas do calçadão da rua Artur Machado porque não teriam como controlar o distanciamento de pessoas em filas do lado de fora. “Tem que ter razoabilidade para entender que não há possibilidade para todo mundo abrir o comércio no momento”, analisa.

O secretário ressalta que se for constatado que as empresas não estão obedecendo às regras, a Prefeitura não vai hesitar em voltar atrás e retomar o fechamento das portas. “Não temos problema algum em recuar se observarmos que não deu certo. Estamos tentando buscar um equilíbrio. Se vermos que as empresas não vão dar conta e virar uma bagunça, vamos suspender o decreto atual e voltar ao isolamento da forma como estava”, pondera.

Além disso, Iraci ressalta que a flexibilização da abertura das lojas começa a valer somente após o feriado da Semana Santa e a situação está sendo constantemente avaliada pelo Poder Público. Caso o quadro de transmissão da doença apresente mudanças antes da próxima segunda-feira (13), a posição será revista. “O processo é muito dinâmico. Se piorar a situação até lá e o vírus estiver circulando de forma mais intensa, possivelmente teremos que tomar outra decisão”, salienta.