CIDADE

Recuperação de MG pode demorar 10 anos, afirma Zema em Pirajuba

Governador esteve ontem na cidade do Triângulo Mineiro para a inauguração de Estação de Tratamento de Esgoto

Daniela Brito
Publicado em 21/02/2020 às 19:23Atualizado em 18/12/2022 às 04:27
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Jairo Chagas

Ato de inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto da cidade de Pirajuba, com a presença do governador Romeu Zema

 

Governador Romeu Zema esteve ontem em Pirajuba para inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). O prefeito da cidade, Rui Ramos, recepcionou o político, que pela primeira vez foi a Pirajuba. Ele aproveitou a oportunidade para visitar o aterro sanitário – onde esteve em área reservada para coleta seletiva e reciclagem –, uma escola municipal e um Cemei. O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), prefeito de Moema, Julvan Lacerda, também acompanhou a agenda, assim como o presidente da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), Carlos Eduardo Tavares de Castro. 

A ETE recebeu investimentos da ordem de R$3,4 milhões – por meio de parceria realizada com a Copasa. No entanto, o valor total investido na cidade, incluindo obras no esgotamento sanitário, foi de R$5,8 milhões.

Na solenidade, Romeu Zema destacou a importância de se investir em saneamento básico, por ser uma questão de saúde pública, e elogiou a iniciativa da Prefeitura de Pirajuba. Ele também defendeu reformas, necessárias para a gestão pública, “por conta de um sistema que não funciona adequadamente”. Para o governador, a reforma política, por exemplo, é extremamente necessária, pois o atual sistema favorece o continuísmo, lembrando que o recado das urnas, nas últimas eleições, mostrou que os brasileiros querem renovação.

Além disso, ele reconheceu que o Estado está quebrado e sem as necessárias reformas. Minas Gerais não vai se reerguer por “gastar mais que arrecada”. Romeu Zema declarou ainda que não se incomoda em ser chamado de “bicho papão”, por tomar medidas mais enérgicas, justificando não ter pretensões políticas. “Não existe fórmula mágica”, afirmou o governador, estimando que uma recuperação para Minas somente para daqui uns dez anos.

Rui Ramos disse que o empreendimento é fruto de extenso trabalho, após ser acionado pelo Ministério Público. Porém, a Copasa deu toda retaguarda para sua concretização. A ETE recebeu, inclusive, o nome do irmão do prefeito, Ricardo Gomes Castro. 

Além de prefeitos de toda região, também estiveram presentes na inauguração os deputados estaduais Heli Andrade (PSL) e Raul Belém (PSC) e os deputados federais Zé Silva (SD) e Zé Vitor (PMN). 

Durante evento, governador volta a defender venda da Cemig e da Copasa 

Governador Romeu Zema, durante visita a Pirajuba, defendeu a privatização de empresas mineiras, como a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) e a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais). De acordo com ele, nas gestões anteriores, ambas eram utilizadas como “cabide de emprego” e, por isso, não atendiam bem a população.

Ele diz que tenta realizar uma gestão eficiente, mas acredita que somente por meio da privatização haverá mais eficácia na prestação dos serviços. “Temos que colocar essas empresas nas mãos de quem tem recursos para investir, pois quem as controla é o Estado, que sequer tem dinheiro para arcar com a folha de pagamento”, afirmou. Para ele, com as privatizações, os investimentos poderiam ser maiores, gerando emprego e atendendo bem o consumidor.

Romeu Zema também se posicionou sobre o reajuste do funcionalismo estadual. Mesmo reconhecendo a dificuldade financeira em Minas, o governador vê necessário o aumento de 42% para aqueles que atuam na área da segurança pública. Ele lembrou ainda que a categoria não recebeu nenhum reajuste no último governo, ao contrário dos outros servidores públicos estaduais. Assegurou ainda que o aumento não será imediato, pois acontecerá ao longo dos anos, de forma escalonada. “Não estamos sendo irresponsáveis. Estamos trabalhando no limite do nosso sacrifício”, disse. 

Questionado sobre a emenda aprovada na Assembleia, que amplia o reajuste para os demais servidores estaduais, o governador desconversou sobre o assunto, justificando não ter tido acesso à proposta, a qual chamou de recente, mas assegurou que irá analisar.

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