CIDADE

Consumidor denuncia orquestração dos postos em aumento de preços

Esta semana os valores cobrados pelos combustíveis na cidade apresentaram reajuste em praticamente todos os postos

Daniela Brito
Publicado em 13/02/2020 às 07:11Atualizado em 18/12/2022 às 04:13
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Jairo Chagas

Preços praticados nos postos de combustíveis de Uberaba foram reajustados desde terça-feira passada

O preço nas bombas de combustíveis sofreu alterações na terça-feira (11) em Uberaba. Em alguns locais o etanol já é comercializado por até R$3,66 e a gasolina, por R$4,99/litro. Desde então a situação revolta os consumidores, que se sentem lesados com mais um aumento que pesa no orçamento, ao tempo que a Petrobras anunciou reduções na semana passada.

Um consumidor acionou a reportagem reclamando do aumento que, segundo ele, ocorreu simultaneamente em todos os postos de combustíveis de Uberaba. “É um absurdo o que acontece na cidade. Uberaba precisa combater estes aumentos orquestrados”, diz o consumidor, que prefere não ter o nome identificado. Ele revela que acionou o Procon/Uberaba para reclamar da situação, mas a resposta que obteve é que o órgão não pode tomar nenhuma providência em relação ao assunto. “Quem vai fiscalizar este reajuste?”, questiona.

O aumento ocorre em meio ao embate entre o presidente Jair Bolsonaro e os governos estaduais a respeito das alíquotas de impostos cobradas sobre os combustíveis e logo após o anúncio de redução feito na quarta-feira da semana passada – dia 5 –, pela Petrobras, da ordem de 4,3% no preço da gasolina e de 4,4% no diesel. Procon diz que Cade assegura que reajuste simultâneo não indica cartel

O presidente da Fundação Procon de Uberaba, Marcelo Venturoso, esclarece que o aumento simultâneo de preços nas bombas nos postos de combustíveis não caracteriza infração. Segundo ele, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), após provocado pelo Procon Uberaba, assegurou que paralelismo de preços ou preços iguais não indica cartel.

A consulta foi feita após o órgão encaminhar vários documentos e pesquisas realizadas na cidade, onde mostravam preços iguais e aumentos simultâneos. O Procon/Uberaba não pode, ainda segundo ele, trabalhar com tabelamento ou fixação de preços e só pode intervir quando o preço é abusivo, que ocorre quando há escassez do produto e os fornecedores aumentam devido à procura. “O mercado é livre para fixar o preço que quiser. Não podemos interferir diretamente na fixação de preços”, completa.

Por outro lado, o Procon Uberaba vai continuar realizando as pesquisas de preços para comprovar o aumento simultâneo, a partir daí a documentação será encaminhada aos órgãos competentes – Ministério Público e Polícia Civil – para ser averiguada a prática de cartel. “O cartel é um crime que deve ser investigado pelos órgãos competentes. Não podemos atuar fora dos limites que a lei atribui”, conclui.

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