CIDADE

Medicamentos sob suspeição já eram pouco vendidos nas farmácias locais

emédios produzidos pelos laboratórios Medley e Aché à base de Ranitidina estão sob suspeição de que o princípio ativo utilizado pelas duas empresas esteja contaminado

Luiz Gustavo Rezende
Publicado em 21/01/2020 às 21:49Atualizado em 18/12/2022 às 03:39
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Remédios produzidos pelos laboratórios Medley e Aché à base de Ranitidina estão sob suspeição de que o princípio ativo utilizado pelas duas empresas esteja contaminado com a substância cancerígena N-nitrosodimetilamina (NDMA). Ontem, o Jornal da Manhã consultou duas redes de farmácias e uma unidade sem bandeira de franquia e constatou que os remédios interditados praticamente já não eram comercializados na cidade. 

Na primeira rede de farmácias, o responsável disse que está informado da suspeita de contaminação do medicamento por noticiários, mas ressaltou que nenhum representante dos laboratórios e nem da franquia entrou em contato, recomendando a retirada do medicamento de circulação. “Normalmente, na nossa rede, a matriz comunica que deve ser tirado de venda o medicamento, mas até hoje [ontem] nenhuma determinação nos chegou”, revela, afirmando que na unidade em que trabalha outro remédio com o mesmo princípio ativo é mais comercializado. “Aqui, onde sou responsável, nós vendemos mais o Omeprazol e o Pantoprazol. Isso vai muito da prescrição do médico; a recomendação do remédio à base de Ranitidina desses laboratórios está muito baixa já tem um bom tempo”, expõe.

Outro farmacêutico consultado afirmou que tem comercializado o medicamento produzido por outro laboratório e recomenda a troca. “São muitos remédios que são produzidos tendo a Ranitidina como princípio ativo e sempre que posso recomendo o Antidin, Ranitimor, Ranidin. Todos são similares e não estão com suspeita de contaminação”, esclarece.

Farmacêutico sem bandeira de franquia revelou que vendeu quatro caixas do medicamento, porém, produzido pelo laboratório Teuto. 

Segundo a Anvisa, foi detectada impureza do insumo fabricado pela Saraca Laboratories Limited, localizada na Índia, utilizado pelos dois laboratórios. A Ranitidina importada da Índia está suspensa em caráter cautelar e preventivo, uma vez que estudos em animais classificam a NDMA como um provável agente cancerígeno humano.

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