CIDADE

Com "preço de ouro", carne some do prato do brasileiro e dá lugar a peixes e ovos

No Brasil, a produção de ovos deste ano deverá chegar ao número de nove bilhões de unidades

Raiane Duarte
Publicado em 10/12/2019 às 17:39Atualizado em 18/12/2022 às 02:43
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Arquivo JM

Após a alta no preço da arroba do boi desde as últimas semanas, a carne vermelha está mais cara, o que influencia diretamente a forma de consumo dos brasileiros. Com o preço salgado, torna-se necessário procurar outras opções para compor o prato diário, entre elas o ovo, frango, peixe e a carne vermelha de segunda.

Na última semana, o comerciante do ramo de carnes José Luciano Carvalho explicou que a alta no preço não atingiu especificamente um corte ou peças específicas. “Aqui, todas as carnes subiram proporcionalmente, por igual. Então, nós repassamos a alta de forma uniforme”. Porém, o comerciante também afirmou que algumas regiões as carnes nobres, de primeira, apresentaram um aumento mais acentuado.

Desta forma, a procura do consumidor por outras opções esbarra em outras proteínas, como o ovo. Recente matéria divulgada pelo Jornal Nacional aponta que o Brasil deve alcançar pela primeira vez a média mundial de consumo e que quando 2019 terminar, cada brasileiro terá comido em média 230 ovos. O número é quase o dobro do que era consumido há dez anos, o que mostra que a substituição de outros itens pelo ovo já vinha ocorrendo.

No Brasil, a produção de ovos deste ano deverá chegar ao número de nove bilhões de unidades. São chocados 93 mil ovos por segundos no país. Granjas em Uberaba também vêm sendo afetada positivamente por este aumento de consumo, principalmente depois da alta na carne vermelha.

Outra opção que está sendo utilizada para substituir a carne são os peixes. Uma peixaria tradicional de Uberaba, Mercado Municipal, também registrou aumento nas vendas. A atendente do estabelecimento esclarece que as carnes brancas, de forma geral estão todas sendo procuradas, sendo o filé de tilápia a maior pedida. Consumo saudável

Apesar do consumo de ovo ter tido um crescimento gritante é necessário de atentar ao número de ovos ingeridos. Um novo estudo da Universidade de Northwestern de Evanston, nos Estados Unidos, divulgado este ano indicou que o consumo elevado de ovos aumenta o risco de doenças cardiovasculares e de morte.

De acordo com os pesquisadores, um ovo grande tem 186 miligramas de colesterol dietético. Até 2015, a recomendação era consumir menos de 300 miligramas de colesterol dietético por dia.  Projeção de preço

A associação que representa os frigoríficos exportadores de carne bovina (Abiec) disse nesta terça-feira (10) que os preços da proteína em 2020 devem diminuir em relação a outubro e novembro, mas seguirão mais caros em relação ao período de janeiro e setembro.

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