CIDADE

Dono do Santuário Ecológico Zebu parcela dívidas com a União e leilão é cancelado

Juíza da 4ª Vara Federal de Uberaba, Cláudia Aparecida Salge decide cancelar leilão da Fazenda Santuário Ecológico Zebu

Thassiana Macedo
Publicado em 09/11/2019 às 13:13Atualizado em 18/12/2022 às 01:48
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Reprodução 

Área que seria leiloada abriga diversos animais, como lhamas, zebras e girafas, cuidados pelo empresário Luiz Botina

Juíza da 4ª Vara Federal de Uberaba, Cláudia Aparecida Salge decide cancelar leilão da Fazenda Santuário Ecológico Zebu, que estava marcado para ocorrer nesta segunda-feira (11), às 13h, na sede da Justiça Federal. Avaliada em R$31 milhões, a propriedade estava alienada em virtude de processo de execução de dívida do proprietário com a União, movido pela Fazenda Nacional desde 1998. 

Para evitar que a propriedade fosse a leilão, o proprietário Luiz Antônio Costa, mais conhecido como Luiz Botina das Botinas Zebu, realizou o parcelamento das dívidas não previdenciárias no valor de R$7.782.501,91, junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Em virtude da mudança de situação, a magistrada decidiu pelo cancelamento do leilão, por volta de 17h, quase no fim do expediente judiciário.

A negociação foi feita em 30 de outubro, conforme documento apresentado pelo advogado de uma das partes do processo, Márcio Ricardo Sene, na sexta-feira (8). Luiz Costa é defendido pelos advogados Marcelo Venturoso, João Roberto Amaral Neto, Rosa Helena Alves e Juliana Alves Castejon.

De acordo com a advogada Juliana Castejon, ainda serão discutidas outras questões, como de nulidade da penhora da fazenda, prescrição intercorrente em relação à totalidade da dívida junto à União e a decadência da dívida ativa. Outro ponto que ela chama a atenção para a discrepância dos valores, visto que a Justiça iria leiloar uma propriedade avaliada em R$31 milhões, em razão de uma dívida de R$7,7 milhões. 

O Santuário Ecológico, também conhecido como Fazenda Barreiro, estava entre os bens de maior valor levados a leilão. Localizada no município de Água Comprida, a propriedade tem área total de 861 hectares, 40 ares e 45 centiares. A propriedade, que possui diversas edificações, atualmente abriga vários animais, entre girafa, araras, lhamas, antílopes e zebra, que vieram da África, Tchecoslováquia e do Peru. A reserva foi idealizada há mais de 25 anos por Luiz Antônio Costa e funciona como ponto turístico, recebendo visitantes para passeios ecológicos guiados.

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