Liminar suspendeu o feriado, que terá o mérito do processo julgado no próximo dia 14, quando será definido sobre a sua permanência no calendário ou não
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Thiago Árabe Castejon, gerente-executivo do Sindicomércio, diz que a entidade mantém diálogo com a Fundação Cultural, diante da importância da data
O Sindicato do Comércio de Uberaba (Sindicomércio) calcula que o setor comercial perde pouco mais de 3% das vendas de um mês durante um feriado. O dado faz parte de estudo da Federação do Comércio, que aponta perdas superiores a 5% no caso específico de 20 de novembro, data em que se comemora o Dia da Consciência Negra, cujo feriado está suspenso por força de liminar.
O gerente-executivo do Sindicomércio, Thiago Árabe Castejon, disse em entrevista ao JM News 1ª Edição, da Rádio JM 95.5MHz que o estudo foi solicitado pela entidade local à Federação do Comércio. Essas perdas, segundo Castejon, podem chegar a R$5 milhões. “A data é importante, é preciso ser lembrada. Mas novembro é um mês com muitos feriados, em que o empregador tem que pagar a primeira parcela do 13º salário. E hoje, pela legislação, o empregador que abrir o seu estabelecimento no dia de feriado tem que pagar um adicional ao seu funcionário e mais, oferecer uma folga em outra data”, revelou.
Castejon afirmou que o Sindicomércio conversou com a direção da Fundação Cultural de Uberaba (FCU), firmando uma parceria para ações de fomento à cultura. “Ações culturais são importantes também para o comércio. Então, estamos conversando com a Fundação Cultural e somos parceiros nesses eventos que também ajudam muito o comércio”, ressaltou Castejon. O gerente-executivo lembrou ainda que o mérito da ação, impetrada pelo Sindicomércio, sobre a suspensão do feriado do Dia da Consciência Negra, será julgado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) no próximo dia 14. “Outras cidades no Brasil, onde também existe o feriado, entraram na Justiça solicitando sua suspensão”, frisou.
No próximo dia 15, sexta-feira, feriado da Proclamação da República, Castejon disse que o comércio abrirá as portas. Os lojistas terão que pagar o adicional aos funcionários e garantir uma folga em outra data.